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terça-feira, janeiro 08, 2013

Lar de paz - Parte VII

A EXPERIÊNCIA DE SAUL Quando o rei Saul estava sendo atormentado por um espírito maligno (como consequência da sua desobediência a Deus), e Davi tocava a sua harpa, a paz era transmitida para Saul, e durante aquele momento ele era aliviado do seu tormento, pois o espírito maligno o deixava. “O Espírito do Senhor se retirou de Saul, e um espírito maligno, vindo da parte do Senhor, o atormentava. Os oficiais de Saul lhe disseram: “Há um espírito maligno, mandado por Deus, te atormentando. Que o nosso soberano mande estes seus servos procurar um homem que saiba tocar harpa. Quando o espírito maligno, vindo da parte de Deus, se apoderar de ti, o homem tocará harpa e tu te sentirás melhor”. E Saul respondeu aos que o serviam: “Encontrem alguém que toque bem e tragam-no até aqui”. Um dos oficiais respondeu: “Conheço um filho de Jessé, de Belém, que sabe tocar harpa. É um guerreiro valente, sabe falar bem, tem boa aparência e o Senhor está com ele”. (...) Sempre que o espírito mandado por Deus se apoderava de Saul, Davi apanhava sua harpa e tocava. Então Saul sentia alívio e melhorava, e o espírito maligno o deixava” (I Samuel 16:14-18,23). UMA EXPERIÊNCIA PESSOAL Há uma unção de paz que é transmitida para pacificar o coração daqueles que estão ao nosso redor. Às vezes algumas pessoas vêm conversar comigo e chegam preocupadas, aflitas e atribuladas, à medida que conversamos o Senhor vai liberando sua paz e elas se sentem aliviadas. Eu me lembro de uma irmã que veio conversar comigo, e a príncipio ela chegou muito angustiada, mas à medida que ela foi conversando e expondo suas questões ela foi se sentindo aliviada. Eu praticamente não disse nada, apenas a ouvi. Ela conversou comigo cerca de 1h30min, depois eu orei por ela. Quando terminei de orar, ela me disse: “pastor, eu estou sentindo uma paz muito grande dentro de mim”. Ela me agradeceu e saiu radiante de alegria. Compreenda, os problemas daquela irmã não mudaram automaticamente depois que orei por ela, mas agora ela sentia paz. Se a paz de Cristo estiver em seu interior, você poderá transmiti-la para outras pessoas quando elas estivem angustiadas ou aflitas. Deus deseja fazer de você o agente transmissor da paz para seu lar. Você será o pacificador da sua família. CONCLUSÃO Deus deseja que nós habitemos em um LAR DE PAZ. Ele planejou morada de paz e seguraça para o seu povo. “E o meu povo habitará em morada de paz, e em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso” (Isaías 32:18). Mas para que essa promessa se cumpra, é preciso que Jesus Cristo reine em nossa casa, a nossa família seja cheia do Espírito Santo, e a justiça de Deus em Cristo esteja operando em nosso lar.

Lar de paz - parte VI

O FRUTO DA JUSTIÇA SERÁ PAZ Vejamos o que diz o v.17 de Isaías 32: “O fruto da justiça será paz; o resultado da justiça será tranquilidade e confiança para sempre”. Esse é um texto messiânico e aponta para a justiça que podemos encontrar em Cristo. É dessa justiça que nós precisamos. Quando a Bíblia fala de justiça não se refere à nossa justiça própria. Você pode ser uma pessoa “boa”, honesta, trabalhadora, estudiosa etc. Nada disso pode lhe justificar diante de Deus. As nossas “bondades” não têm méritos diante de Deus. Inclusive, o profeta Isaías diz que os nossos atos mais nobres, os nossos maiores esforços, não passam de trapos imundos. “Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniquidades nos levam para longe” (Is 64:6). Você sabe o que é um trapo imundo (ou trapo de imundícia)? O trapo era o pano que a mulher usava para conter a menstruação (imundícia cf. Lv 15:25 ARC) ou qualquer outra emissão que pudesse torna-la ritualmente imunda. Em linguagem moderna poderíamos dizer que trapo imundo seria um absorvente usado. É a isso que o profeta Isaías compara as nossas justiças próprias. O apóstolo Paulo considera nossa justiça própria como esterco. Veja o que ele diz em Filipenses 3:4-10: “...Nos gloriamos em Cristo Jesus e não temos confiança alguma na carne, embora eu mesmo tivesse razões para ter tal confiança. Se alguém pensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu; quanto à Lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível. Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. EU AS CONSIDERO COMO ESTERCO PARA PODER GANHAR CRISTO e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da Lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé. Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte”. Será que compreendemos a seriedade dessas palavras. Nada que eu faça fora da graça de Cristo pode me justificar diante de Deus. JUSTIFICADOS PELA FÉ EM JESUS CRISTO Se a minha justiça própria não tem valor para me salvar, o que devo fazer então? Buscar a justiça de Cristo. “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1). Que justiça é essa? A justiça que vem mediante a fé em Cristo Jesus, ou seja é a justiça de Cristo liberada sobre nós quando simplesmente cremos nEle. Quando reconhece que nenhum dos seus méritos pode torna-lo aceitável diante de Deus, que você é dependente da graça e da misericórdia dEle e clama pela ajuda de Deus em Cristo, é que você é justificado. É essa justiça que Deus tem para a nossa vida e é essa justiça que resultará em paz. Chegue diante de Deus, reconheça e diga: Senhor a tua Palavra diz que a minha “bondade”, honestidade, integridade, caridade ou qualquer outra virtude humana, não tem o poder para me salvar, eu abro mão da minha justiça própria para crê em Jesus Cristo e receber, pela fé, a justiça dEle. Senhor deposita na minha “conta espiritual” a justiça do teu Filho. Pois é a justiça do teu Filho Jesus Cristo que justifica, santifica, salva e resulta em paz. Nunca chegue diante de Deus dizendo: Senhor me abençoa, porque eu sou merecedor, eu sou digno de ser abençoado, porque eu tenho feito isso, e isso, e isso... Não ore desse jeito, pois justiça própria não tem valor para Deus. Se você deseja buscar a Deus, chegue diante dele e se humilhe. Diga: Senhor tem misericórdia de mim, me justifica com a justiça do teu Filho, me lava, me restaura e conceda-me a tua paz pelo sangue do teu Filho. Por aquilo que o teu Filho Jesus Cristo fez por mim na cruz do calvário. Quando você recebe a justiça de Cristo em sua vida você começa a andar no caminho onde desfrutar de paz torna-se possível. É a paz de Cristo que nasce e começa a crescer no seu interior. E se você permitir que Cristo continue trabalhado em você, essa paz crescerá tanto que trasbordará para pacificar a vida de outras pessoas. Você se tornará um agente transmissor da paz. A paz é contagiante. Ela pode ser transmitida e liberada para abençoar outras pessoas.

Lar de paz - Parte V

O ESPÍRITO SANTO NO MEU LAR “Até que sobre nós o Espírito seja derramado do alto, e o deserto se transforme em campo fértil, e o campo fértil pareça uma floresta” (Isaías 32:15). Se eu quero desfrutar de paz, a minha vida precisa ser encharcada da Presença gloriosa do Espírito Santo. Por isso precisamos entender o que a Palavra de Deus nos ensina sobre o Espírito Santo, quem Ele é, e quais os seus atributos. O Espírito Santo não é uma força abstrata, não é apenas um vento, uma energia cósmica ou um sentimento. O Espírito Santo é uma pessoa. O Espírito Santo é Deus. O Espírito Santo é Deus em pessoa habitando em nós (Jo 14:17, Rm 8:9, I Co 3:16, II Co 6:16). A nossa família precisa ser cheia do Espírito Santo, mas para que isso aconteça cada um de nós individualmente precisa ter a Presença do Espírito de Deus em nossa vida – o que só será possível se recebermos a Jesus como Senhor e Salvador pessoal. Eu não posso querer que a minha família seja cheia do Espírito Santo se eu mesmo não o sou. Portanto, se eu desejo que o meu lar seja um LAR DE PAZ eu preciso da Presença do Espírito sobre mim e sobre a minha família. “Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:17). No verso 15 encontramos a promessa que o Espírito Santo seria derramado sobre o povo de Deus. Porém, é interessante notarmos o contexto, registrado nos versículos 09 a 14, que fala do juízo de Deus que viria sobre a nação de Judá por causa do pecado do povo, principalmente das mulheres da aristocracia judaica. Essas mulheres, provavelmente, estavam influenciando aos seus maridos, que eram governantes, para que eles oprimissem e explorassem o povo. Diante disso, Isaías conclama-as a chorar por causa desta situação vergonhosa. O choro nesse contexto é símbolo de arrependimento e contrição. Na verdade, o apelo de Deus, através do profeta, é para que essas mulheres e todo o povo de Judá se arrependam, abandonem seus pecados e se voltem para Deus, para que seus pecados sejam perdoados, o juízo cesse e o Espírito seja derramado. O ARREPENDIMENTO PRECEDE O ENCHIMENTO DO ESPÍRITO SANTO Esse texto confirma uma verdade que está explícita em outros textos do Livro Sagrado: O arrependimento precede o enchimento do Espírito Santo. “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38). Isso significa que se eu desejo ser cheio do Espírito Santo eu preciso experimentar um profundo e verdadeiro arrependimento. Porém, precisamos compreender o que é arrependimento. Arrepender-se não é sentir remorso. O remorso é apenas a consciência de haver errado. A pessoa está consciente do seu erro, muitas vezes ela chega a dizer: “eu sei que errei”, “me sinto muito mal por ter agido assim”, “eu não deveria ter feito isso”, mas quando ela tem outra oportunidade faz tudo de novo. No remorso não há um esforço sincero pela mudança. O arrependimento, porém, exige a renúncia dos velhos hábitos pecaminosos. Em grego a palavra para arrependimento é “metanoia”, e significa mudança de mente, de ideias, gerando, como consequência, uma mudança de atitude, de curso, de propósito etc. etimologicamente, a própria palavra implica em mudança e não apenas em consciência do erro. O apóstolo Paulo define o remorso como “tristeza segundo o mundo” e o arrependimento de “tristeza segundo Deus”, e nos mostra quais as consequências de ambos. “A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte”. (II Coríntios 7:10). Portanto se Deus nos mostrou pela Sua Palavra que algo está errado em nossa vida, que existe um pecado específico que precisa ser renunciado, eu não devo tentar encobri-lo, mas confessá-lo a Deus e abaná-lo imediatamente. “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia” (Provérbios 28:13). O que acontece quando nos arrependemos? Somos perdoados por Deus. O peso da culpa desaparece, o diabo perde sua base legal para nos acusar e experimentamos uma profunda paz. O salmista Davi passou por essa experiência e nos ensina essa verdade no salmo 32: “Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado” (Salmo 32:3-5). Em II Crônicas 7:14 somos exortados pelo Senhor: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”. Observe que não basta apenas ter consciência do pecado é preciso abandoná-lo também. Este é o verdadeiro arrependimento, e se faço isso eu me abro para receber o Espírito Santo. E quando eu o recebo começo a experimentar paz interior e, por extensão, paz no meu lar. Porém somente em Cristo é que eu posso experimentar esse nível de arrependimento. Sem a graça e a misericórdia do Messias isso não seria possível em minha vida. “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo”. (Rm 15:13)

Lar de paz - Parte IV

OS VALORES DO REINO PARA A FAMÍLIA Na Palavra de Deus encontramos os valores do reino para a família. Vejamos alguns: PARA OS MARIDOS: “Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela” (Efésios 5:25). “Maridos, amem suas mulheres e não as tratem com amargura” (Colossenses 3:19). “É preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só mulher, e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão” (Tito 1:6). PARA AS ESPOSAS: “Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor” (Efésios 5:22). “Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como convém a quem está no Senhor”. (Colossenses 3:18). “... Ensine as mulheres mais velhas a serem reverentes na sua maneira de viver, a não serem caluniadoras nem escravizadas a muito vinho, mas a serem capazes de ensinar o que é bom. Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus próprios maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada” (Tito 2:3-5). PARA OS PAIS: “Pais não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor” (Efésios 6:4). “Pais, não irritem seus filhos, para que eles não se desanimem” (Colossenses 3:21). “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar” (Deuteronômio 6:6-7). “Mostre a direção da vida para seus filhos – e, mesmo quando forem velhos, eles não se perderão”. (Provérbios 22:6 A Mensagem) PARA OS FILHOS: “Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. Honra teu pai e tua mãe – este é o primeiro mandamento com promessa – para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra” (Efésios 6:1-3). “Filhos, obedeçam a seus pais em tudo, pois isso agrada ao Senhor” (Colossenses 3:20). “Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino de sua mãe” (Provérbios 1:8). “Ouça o seu pai, que o gerou; não despreze sua mãe quando ela envelhecer”. (Provérbios 23:22). Esses são princípios do Reino do Messias para a família. Portanto, uma família que vive os princípios do Reino é uma família que desfruta de paz. Deus deseja que os valores do Reino dEle sejam restaurados no seu lar. Como pais cristãos precisamos ensinar desde cedo os valores do Reino (obediência, honestidade, verdade, fidelidade, amor ao próximo, santidade, justiça etc.) aos nossos filhos, porque o mundo sem Deus tem valores totalmente opostos aos do Reino do Messias, e tenta a todo custo incutir esses valores distorcidos na mente humana, principalmente na mente daqueles que ainda são muito jovens. Lembro-me de que quando eu era adolescente um colega me disse – depois de ouvir o meu pai me dando uma ordem – que eu não deveria obedecer à orientação dele, pois, segundo ele, eu já era bem grande para obedecer à ordem do meu pai. Mas eu lhe disse: ele é meu pai e devo obedecê-lo. A Bíblia deixa claro que quem honra os pais vive muito tempo sobre a terra (Ef 6:1-3). Quem desonra os pais é candidato a morrer prematuramente. Se você é jovem e acha que não deve mais honrar seus pais, cuidado! Você pode ser surpreendido por situações extremamente desagradáveis em sua vida. Esses são princípios do Reino para a família, eles não podem ser invertidos ou substituídos por filosofia humanista, mas devem ser praticados para que toda a família desfrute de paz. Esse é o desejo de Deus fazer de sua casa um LAR DE PAZ.

Lar de paz - Parte III

HAVERÁ DISCERNIMENTO ESPIRITUAL “A mente do precipitado saberá julgar...” (Isaías 32:4). Quando Cristo começa a reinar sobre a vida de uma pessoa, o Seu Espírito Santo dá a ela, através da Palavra de Deus, a capacidade para julgar (discernir, compreender) corretamente a realidade espiritual. Aquele que antes era precipitado, agora, no reino do Messias, tem a condição de julgar. Esse discernimento, também, implica em compreender a vontade de Deus para a sua vida. Essa é a verdade que o Apóstolo Paulo aborda no texto a seguir: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam; mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito. O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus. Pois, quem dentre os homens conhece as coisas do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus. Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente. Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais. Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Nós, porém, temos a mente de Cristo”. (1 Coríntios 2:9-16) A VOZ PROFÉTICA É RESTAURADA “... a língua gaguejante falará com facilidade e clareza”. (Isaías 32:4). Quando o Messias (Jesus Cristo) começa a governar, até aqueles que não têm eloquência no falar começam a proclamar a Palavra de Deus com clareza. Isso não significa gritar ou aumentar o tom de voz, mas declarar com firmeza e convicção os princípios de Deus, em total dependência do Espírito Santo. E são justamente esses princípios que mantém a paz da família. Quando uma casa anda nos princípios de Deus desfrutará de paz, mas se não, o caos é inevitável. Porém, no início, é possível sentirmos medo diante da responsabilidade de proclamarmos os princípios do Reino do Messias. Quando Deus chamou o profeta Jeremias ele teve medo e disse que não sabia falar, mas o Senhor lhe disse que colocaria a Palavra em sua boca. “A palavra do Senhor veio a mim, dizendo: Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações. Mas eu disse: Ah, Soberano Senhor! Eu não sei falar, pois ainda sou muito jovem. O Senhor, porém, me disse: Não diga que é muito jovem. A todos a quem eu o enviar você irá e dirá tudo o que eu lhe ordenar. Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo, diz o Senhor. O Senhor estendeu a mão, tocou a minha boca e disse-me: Agora ponho em sua boca as minhas palavras”. (Jeremias 1:4-9) Isso também aconteceu com Moisés, mas o Senhor animou o Seu servo para que ele pudesse proclamar os princípios de Deus. “Disse, porém, Moisés ao Senhor: Ó Senhor! Nunca tive facilidade para falar, nem no passado nem agora que falaste a teu servo. Não consigo falar bem! Disse-lhe o Senhor: Quem deu boca ao homem? Quem o fez surdo ou mudo? Quem lhe concede vista ou o torna cego? Não sou eu, o Senhor? Agora, pois, vá; eu estarei com você, ensinando-lhe o que dizer. (Êxodo 4:10-12) Porém, devemos entender que sob o Reino do Messias, o Espírito Santo nos dará autoridade para proclamar a Palavra de Deus. Jesus disse aos seus doze: “Por minha causa vocês serão levados à presença de governadores e reis como testemunhas a eles e aos gentios. Mas quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizer. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês”. (Mateus 10:18-20). Portanto, se eu desejo desfrutar de paz no meu lar, eu preciso permitir que o Messias (Jesus Cristo) estale o Seu Reino em minha casa, restaurando a visão espiritual, restituindo a audição, trazendo discernimento e restaurando a voz profética. OS VALORES DA FAMÍLIA NÃO PODEM SER INVERTIDOS Quando o governo do Messias (Cristo) vem sobre a minha casa, os valores do Reino de Deus para a minha família não são invertidos. Os versos 5-8 nos mostram que estava havendo, no tempo do profeta Isaías, uma inversão de valores. As pessoas estavam chamando os malfeitores de benfeitores, aqueles que oprimiam, enganavam e defraudavam o povo estavam sendo honrados. Isso sem dúvidas era uma inversão de valores. Mas, através do profeta Isaías, o Senhor prometeu que quando o governo do Messias viesse, esses valores seriam restabelecidos. Onde o Messias governa os valores do Seu Reino são restaurados. “No reinado desse Rei Justo, os ateus e os que desprezam a Deus não serão considerados heróis. Os ricos que exploram o povo, não serão chamados de benfeitores e generosos. Todos reconhecerão o homem mau assim que puserem os olhos nele, e os mentirosos não conseguiram enganar ninguém. As mentiras que falam sobre Deus e a exploração que eles fazem dos pobres, serão vistas por todos. A falsidade desses exploradores, as mentiras que eles inventam para prejudicar os pobres diante dos tribunais, serão expostas e desmascaradas. Mas os homens generosos – vejam a diferença, – planejam maneiras de ajudar os necessitados, e por isso Deus os abençoará” (Isaías 32: 5-8 Bíblia Viva). Quando o Reino do Messias vem, os valores são restaurados, e os princípios do reino passam a habitar em nossa casa. Uma família que tem valores invertidos não desfrutará plenamente de paz. Os valores e os princípios do Reino do Messias não podem ser invertidos. Não podemos chamar de bom àquilo que Deus diz que é de mau, não podemos chamar de bênção o que Deus afirma ser uma maldição, não podemos chamar de luz aquilo que Deus chama de trevas, não podemos desejar para a nossa família aquilo que Deus reprova, pois isso seria uma inversão de valores, e quem inverte os valores do Reino não pode desfrutar de paz. Foi por isso que o Messias veio, para restaurar os valores do Seu Reino. E Ele deseja começar por nossa casa. continua...

LAR DE PAZ - Parte II

A AUDIÇÃO É RESTITUÍDA “...os ouvidos dos que ouvem escutarão” (Isaías 32:3b). Quando o Messias começa reinar sobre uma pessoa os seus ouvidos se abrem para ouvir a voz de Deus. Porém, Quando está fora do governo de Cristo seus ouvidos espirituais estão completamente surdos, impossibilitando-a de receber a orientação do Senhor para sua vida e família. Estando sob o domínio das trevas a pessoa é incapaz de ouvir o que Deus tem para lhe dizer. Jesus deixou isso bem claro para os judeus que queriam matá-lo. “Por que a minha linguagem não é clara para vocês? Porque são incapazes de ouvir o que eu digo. Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira” (João 8:43-44). Nós que estamos sob o governo do Messias devemos ter a nossa audição sintonizada com a voz de Deus, isso é extremamente importante para que a nossa família experimente livramento, paz e a benção do Senhor. Noé estava sob o Reino de Deus e os ouvidos dele estavam alinhados com o Trono celestial, por isso, quando Deus falou com ele sobre a construção da arca que salvaria a família dele do dilúvio, ele ouviu atentamente e executou a ordem do Senhor, resultando na salvação de toda a sua família. “O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal. Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra; e isso cortou-lhe o coração. Disse o Senhor: "Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, os homens e também os animais grandes, os animais pequenos e as aves do céu. Arrependo-me de havê-los feito". A Noé, porém, o Senhor mostrou benevolência. Esta é a história da família de Noé: Noé era homem justo, íntegro entre o povo da sua época; ele andava com Deus. Noé gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé. Ora, a terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de violência. Ao ver como a terra se corrompera, pois toda a humanidade havia corrompido a sua conduta, DEUS DISSE A NOÉ: "Darei fim a todos os seres humanos, porque a terra encheu-se de violência por causa deles. Eu os destruirei juntamente com a terra. Você, porém, fará uma arca de madeira de cipreste; divida-a em compartimentos e revista-a de piche por dentro e por fora. (...) "Eis que vou trazer águas sobre a terra, o Dilúvio, para destruir debaixo do céu toda criatura que tem fôlego de vida. Tudo o que há na terra perecerá. MAS COM VOCÊ ESTABELECEREI A MINHA ALIANÇA, E VOCÊ ENTRARÁ NA ARCA COM SEUS FILHOS, SUA MULHER E AS MULHERES DE SEUS FILHOS” (Gênesis 6:5-18). Se Noé não tivesse ouvido a voz de Deus, ele e toda a sua família teriam perecido. Abraão foi outro homem que por estar sob o Reino de Deus tinha a sua audição alinhada com a voz que era emitida do Trono do Senhor, isso trouxe livramentos para a família dele. Certa vez Deus falou com ele sobre a destruição que viria sobre Sodoma e Gomorra, como Ló, o sobrinho de Abraão, morava em Sodoma, ele intercedeu para que Deus o livrasse dessa destruição e assim Deus fez. Vejamos na íntegra essa narrativa bíblica. “Então o Senhor disse: "Esconderei de Abraão o que estou para fazer? Abraão será o pai de uma nação grande e poderosa, e por meio dele todas as nações da terra serão abençoadas. Pois eu o escolhi, para que ordene aos seus filhos e aos seus descendentes que se conservem no caminho do Senhor, fazendo o que é justo e direito, para que o Senhor faça vir a Abraão o que lhe havia prometido". Disse-lhe, pois, o Senhor: "As acusações contra Sodoma e Gomorra são tantas e o seu pecado é tão grave que descerei para ver se o que eles têm feito corresponde ao que tenho ouvido. Se não, eu saberei". Os homens partiram dali e foram para Sodoma, mas Abraão permaneceu diante do Senhor. Abraão aproximou-se dele e disse: "Exterminarás o justo com o ímpio? E se houver cinquenta justos na cidade? Ainda a destruirás e não pouparás o lugar por amor aos cinquenta justos que nele estão? Longe de ti fazer tal coisa: matar o justo com o ímpio, tratando o justo e o ímpio da mesma maneira. Longe de ti! Não agirá com justiça o Juiz de toda a terra? "Respondeu o Senhor: "Se eu encontrar cinquenta justos em Sodoma, pouparei a cidade toda por amor a eles". Mas Abraão tornou a falar: "Sei que já fui muito ousado a ponto de falar ao Senhor, eu que não passo de pó e cinza. Ainda assim pergunto: E se faltarem cinco para completar os cinquenta justos? Destruirás a cidade por causa dos cinco?” Disse ele: "Se encontrar ali quarenta e cinco, não a destruirei". "E se encontrares apenas quarenta? ", insistiu Abraão. Ele respondeu: "Por amor aos quarenta não a destruirei". Então continuou ele: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar. E se apenas trinta forem encontrados ali? " Ele respondeu: "Se encontrar trinta, não a destruirei". Prosseguiu Abraão: "Agora que já fui tão ousado falando ao Senhor, pergunto: E se apenas vinte forem encontrados ali? " Ele respondeu: "Por amor aos vinte não a destruirei". Então Abraão disse ainda: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar só mais uma vez. E se apenas dez forem encontrados? " Ele respondeu: "Por amor aos dez não a destruirei". Tendo acabado de falar com Abraão, o Senhor partiu, e Abraão voltou para casa. Os dois anjos chegaram a Sodoma ao anoitecer, e Ló estava sentado à porta da cidade. Quando os avistou, levantou-se e foi recebê-los. Prostrou-se, rosto em terra, e disse: "Meus senhores, por favor, acompanhem-me à casa do seu servo. Lá poderão lavar os pés, passar a noite e, pela manhã, seguir caminho. Não, passaremos a noite na praça", responderam. Mas ele insistiu tanto com eles que, finalmente, o acompanharam e entraram em sua casa. Ló mandou preparar-lhes uma refeição e assar pão sem fermento, e eles comeram. Ainda não tinham ido deitar-se, quando todos os homens de toda parte da cidade de Sodoma, dos mais jovens aos mais velhos, cercaram a casa. Chamaram Ló e lhe disseram: "Onde estão os homens que vieram à sua casa esta noite? Traga-os para nós aqui fora para que tenhamos relações com eles". Ló saiu da casa, fechou a porta atrás de si e lhes disse: "Não, meus amigos! Não façam essa perversidade! Olhem, tenho duas filhas que ainda são virgens. Vou trazê-las para que vocês façam com elas o que bem entenderem. Mas não façam nada a estes homens, porque se acham debaixo da proteção do meu teto". "Saia da frente! ", gritaram. E disseram: "Este homem chegou aqui como estrangeiro, e agora quer ser o juiz! Faremos a você pior do que a eles". Então empurraram Ló com violência e avançaram para arrombar a porta. Nisso, os dois visitantes agarraram Ló, puxaram-no para dentro e fecharam a porta. Depois feriram de cegueira os homens que estavam à porta da casa, dos mais jovens aos mais velhos, de maneira que não conseguiam encontrar a porta. Os dois homens perguntaram a Ló: "Você tem mais alguém na cidade — genros, filhos ou filhas, ou qualquer outro parente? Tire-os daqui, porque estamos para destruir este lugar. As acusações feitas ao Senhor contra este povo são tantas que ele nos enviou para destruir a cidade". Então Ló foi falar com seus genros, os quais iam casar-se com suas filhas, e lhes disse: "Saiam imediatamente deste lugar, porque o Senhor está para destruir a cidade! " Mas eles pensaram que ele estava brincando. Ao raiar do dia, os anjos insistiam com Ló, dizendo: "Depressa! Leve daqui sua mulher e suas duas filhas, ou vocês também serão mortos quando a cidade for castigada". Tendo ele hesitado, os homens o agarraram pela mão, como também a mulher e as duas filhas, e os tiraram dali à força e os deixaram fora da cidade, porque o Senhor teve misericórdia deles. Assim que os tiraram da cidade, um deles disse a Ló: "Fuja por amor à vida! Não olhe para trás e não pare em lugar nenhum da planície! Fuja para as montanhas, ou você será morto! " Ló, porém, lhes disse: "Não, meu senhor! Seu servo foi favorecido por sua benevolência, pois o senhor foi bondoso comigo, poupando-me a vida. Não posso fugir para as montanhas, se não esta calamidade cairá sobre mim, e morrerei. Aqui perto há uma cidade pequena. Está tão próxima que dá para correr até lá. Deixe-me ir para lá! Mesmo sendo tão pequena, lá estarei a salvo". "Está bem", respondeu ele. "Também lhe atenderei esse pedido; não destruirei a cidade da qual você fala. FUJA DEPRESSA, PORQUE NADA PODEREI FAZER ENQUANTO VOCÊ NÃO CHEGAR LÁ". Por isso a cidade foi chamada Zoar. Quando Ló chegou a Zoar, o sol já havia nascido sobre a terra. Então o Senhor, o próprio Senhor, fez chover do céu fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra. Assim ele destruiu aquelas cidades e toda a planície, com todos os habitantes das cidades e a vegetação. Mas a mulher de Ló olhou para trás e se transformou numa coluna de sal. Na manhã seguinte, Abraão se levantou e voltou ao lugar onde tinha estado diante do Senhor. E olhou para Sodoma e Gomorra, para toda a planície, e viu uma densa fumaça subindo da terra, como fumaça de uma fornalha. QUANDO DEUS ARRASOU AS CIDADES DA PLANÍCIE, LEMBROU-SE DE ABRAÃO E TIROU LÓ DO MEIO DA CATÁSTROFE QUE DESTRUIU AS CIDADES ONDE LÓ VIVIA. (Genesis 18:17-33, 19:1-29). continua...

LAR DE PAZ - Parte I

LAR DE PAZ Josivaldo Oliveira “E o meu povo habitará em morada de paz, e em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso”. (Isaías 32:18) INTRODUÇÃO Quem não deseja viver em um ambiente onde a paz seja uma realidade constante e permanente? Isso é simplesmente maravilhoso. Todos nós, em sã consciência, desejaremos viver em um lugar pacífico. Viver em um LAR DE PAZ. Nossa casa deve ser o lugar em que esta realidade mais se manifeste, sendo o reflexo do céu aqui na terra. Infelizmente, existem pessoas que se sentem bem em qualquer outro lugar, menos em suas próprias casas, mas esse não é o desejo de Deus. Ele quer que possamos desfrutar de paz e experimentá-la principalmente em nossa casa. Deus deseja fazer da nossa casa um LAR DE PAZ. Isaías 32 é um texto messiânico, como todo o livro de Isaías, pois anuncia a vinda do Messias. O autor do livro sagrado, que leva o seu nome, era um profeta messiânico e escreveu cerca de 700 a.C. , para falar sobre o reino do Messias. Isaías antevê o futuro e escreve sobre um tempo em que o Messias reinaria com justiça e paz. O profeta nos convida a olhar para o futuro e ver o que Deus planejou para o Seu povo. Porém, este texto, como toda a Palavra de Deus, tem uma aplicação para o tempo em que vivemos, e pode – e deve – ser aplicado às nossas vidas hoje. Eu creio que hoje entraremos neste texto e desfrutaremos da graça e bondade de Deus reveladas a nós através da Sua Santa Palavra, para que a nossa casa seja de fato um LAR DE PAZ. OS PRINCÍPIOS DE DEUS Todavia, para que esta Palavra se aplique à nossa vida, e a nossa casa se transforme em LAR DE PAZ é necessário observamos os princípios da Palavra de Deus que o próprio contexto do capítulo 32 de Isaías nos revela. Estes princípios são como chaves que abrem as portas das promessas de Deus em nossa vida. Costumo dizer que as promessas de Deus são como portas e os princípios bíblicos como chaves. Sempre que Deus nos faz uma promessa Ele nos mostra um princípio bíblico que devemos obedecer. É claro que cada promessa tem um princípio específico que devemos praticar, assim como cada porta tem uma chave específica que possa abri-la. Por exemplo, seria muito difícil tentar usar a chave da sua casa para abrir a porta do seu carro, você provavelmente não conseguiria. Dentro dessa analogia podemos aplicar os princípios encontrados no capítulo 32 de Isaías para que a promessa que Deus nos fez no versículo dezoito se abra em nossa vida e possamos habitar em um LAR DE PAZ. PERMITA QUE O MESSIAS (JESUS CRISTO) REINE SOBRE A SUA CASA Se desejarmos desfrutar de paz em nossa família precisamos submetê-la ao reino do Messias. Cada aspecto da vida familiar precisa estar sob a autoridade do governo de Cristo, incluindo casamento, intimidade conjugal, criação de filhos, finanças domésticas etc. O Reino de Cristo é um Reino de retidão e justiça. O capítulo 32 de Isaías começa dizendo: “Vejam! Um rei reinará com retidão” (V.1). Este Rei é o Messias. A profecia está apontando para a era messiânica quando o governo do Messias manifestaria a justiça real, contrastando com o reinado dos governantes perversos. O profeta Isaías denuncia os governantes ímpios, pois eles estavam explorando e oprimindo o povo e proclama com autoridade profética que o Messias reinará com retidão. É este Reino de justiça, retidão e paz que o Messias, Jesus Cristo, deseja implantar na sua casa. O que acontece quando o Messias, Jesus Cristo, reina sobre nossa casa? A VISÃO É RESTAURADA “Então os olhos dos que veem não estarão mais fechados...” (Isaías 32:3). Antes de o Messias reinar existe cegueira espiritual. Os olhos estão fechados para a realidade espiritual do reino de Cristo. O apóstolo Paulo nos alerta sobre isso quando diz que “o deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4). Isso significa que todos quantos estão fora do reino de Cristo estão espiritualmente cegos, porém quando o reino de Cristo é implantado sobre uma pessoa os olhos dela se abrem e ela começa a enxergar a partir da perspectiva do reino do Messias. Quando Cristo governa sobre uma família Ele restaura a visão espiritual dela. A partir deste momento a família consegue enxergar os mundos (espiritual e físico) dentro da cosmovisão do reino de Cristo. Por ter seus olhos espirituais abertos ela pode ver no mundo espiritual e perceber quando uma situação específica tem sua origem numa ação do maligno. Por meio dessa visão a família pode identificar quem é seu verdadeiro inimigo e bloquear suas ações no poder do Espírito Santo e na autoridade do nome de Jesus. Não apenas por isso a visão espiritual favorece a família, mas, também, porque possibilita que ela veja as ações de Deus a seu favor. A Bíblia nos fala que o profeta Eliseu quando foi cercado por um exército inimigo, um dos discípulos dele ficou apavorado, mas o profeta pediu a Deus que abrisse os olhos do rapaz, e quando os olhos dele foram abertos ele pode perceber a ação de Deus e enxergar que havia um exército de anjos de Deus, que foi enviado para protegê-los, muito maior do que o exército inimigo. “Ora, o rei da Síria estava em guerra contra Israel. Depois de deliberar com os seus conselheiros, dizia: "Montarei o meu acampamento em tal lugar". Mas o homem de Deus mandava uma mensagem ao rei de Israel: "Evite passar por tal lugar, pois os arameus estão descendo para lá". Assim, o rei de Israel investigava o lugar indicado pelo homem de Deus. Repetidas vezes Eliseu alertou o rei, que tomava as devidas precauções. Isto enfureceu o rei da Síria, que, convocando seus conselheiros, lhes perguntou: "Vocês não me apontarão qual dos nossos está do lado do rei de Israel? "Respondeu um dos conselheiros: "Nenhum de nós, majestade. É Eliseu, o profeta que está em Israel, que revela ao rei de Israel até as palavras que tu falas em teu quarto". Ordenou o rei: "Descubram onde ele está, para que eu mande capturá-lo". Quando lhe informaram que o profeta estava em Dotã, ele enviou para lá uma grande tropa com cavalos e carros de guerra. Eles chegaram de noite e cercaram a cidade. O servo do homem de Deus levantou-se bem cedo pela manhã e, quando saía, viu que uma tropa com cavalos e carros de guerra havia cercado a cidade. Então ele exclamou: "Ah, meu senhor! O que faremos? " O profeta respondeu: "Não tenha medo. Aqueles que estão conosco são mais numerosos do que eles". E Eliseu orou: "Senhor, abre os olhos dele para que veja". Então o Senhor abriu os olhos do rapaz, que olhou e viu as colinas cheias de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu” (2 Reis 6:8-17). Portanto, quando seus olhos espirituais se abrem você consegue enxergar o mundo espiritual, pode vislumbrar tanto as ações de Deus, como perceber as intenções do maligno, tornando, consequentemente, possível vencer as setas do adversário contra a sua casa. continua...