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domingo, abril 27, 2014

COMO VENCER OS OBSTÁCULOS DA ORAÇÃO?


COMO VENCER OS OBSTÁCULOS DA ORAÇÃO?

“Se eu acalentasse o pecado no coração, o Senhor não me ouviria; mas Deus me ouviu, deu atenção à oração que lhe dirigi. Louvado seja Deus, que não rejeitou a minha oração nem afastou de mim o seu amor!” (Salmos 66:18-20).  A oração não é uma opção, é uma necessidade. Em Mateus 6:6 Jesus disse: “... quando orares...”, Ele não disse “SE orares”, mas “QUANDO orares”, isso significa que Ele espera e deseja que nós oremos. POR QUE A ORAÇÃO É TÃO IMPORTANTE?  Porque Deus na sua soberania decidiu agir aqui na Terra em resposta ao clamor dos seus filhos. Deus não deseja fazer nada na Terra sem a nossa cooperação (I Cor 3:9). “Os mais altos céus pertencem ao Senhor, mas a terra ele a confiou ao homem” (Salmos 115:16). A oração não é uma perda de tempo, é tempo investido. Quanto mais tempo você investir com Deus em sua oração particular, mais fácil ficará resolver os problemas que lhe cercam. Os grandes homens de Deus descobriram que a oração é a chave para as grandes e permanentes vitórias. Embora a oração seja tão importante e vital, existem alguns obstáculos que podem impedi-la de ser bem sucedida. Vejamos:

1º) PECADO NÃO CONFESSADO (Isaías 59: 1-2). O pecado rouba a nossa comunhão com Deus e impede que as nossas orações tenham a resposta divina. Por isso, sempre que nos dirigirmos a Deus em oração devemos confessar qualquer pecado que ainda não tenha sido confessado (I João 1:7-9) e receber o seu perdão.

2º) FALTA DE PERDÃO (Marcos 11: 25-27). Como já disse no estudo anterior, guardar rancor, ressentimento, ira e mágoa em nosso coração, obstrui o “canal” por onde flui as nossas orações. Se tivermos um coração rancoroso impediremos as nossas orações de serem respondidas. Para vencermos isso, sempre que estivermos orando, devemos liberar perdão para todos aqueles que nos ofenderam.

3º) CONFLITOS CONJUGAIS (I Pedro 3:7). Tratar mal o conjugue impede as nossas orações de serem bem sucedidas. Para resolver esta questão devemos pedir perdão ao nosso conjugue, por tê-lo ofendido e nos reconciliar com ele. O relacionamento conjugal precisa ser saudável para que nossas orações sejam respondidas.

4º) FALTA DE FÉ ( Marcos 11:24, Hebreus 11:6). Jesus nos ensinou que a fé em Deus é fundamental para que as nossas orações sejam respondidas. Incredulidade é desconfiar do caráter de Deus. O escritor de Hebreus diz que sem fé é impossível agradar a Deus. Aquele que se aproxima de Deus deve ter pelo menos dois níveis de fé: I- CRÊ QUE DEUS EXISTE; II- CRER QUE ELE RECOMPENSA AQUELES QUE O BUSCAM. Para aumentar a nossa fé é preciso nos firmamos no que diz a Palavra de Deus (Rm 10:17; Col 3:16).

5º) ORAR FORA DA VONTADE DE DEUS (I João 5:14-15). Para que Deus ouça as nossas orações, elas precisam estar de acordo com a vontade dEle revelada em Sua Palavra. Por exemplo, se uma pessoa orar a Deus para casar com alguém que já estar casado, Ele não pode ouvir esta oração, pois contraria a Sua vontade. (Malaquias 2:16, Pv 6:32). Para descobrirmos a vontade de Deus devemos examinar (estudar) a Palavra de Deus, se fizermos isso e orarmos de acordo com a sua vontade seremos respondidos.

6º) FALTA DE PERSEVERANÇA (Lc 18:1, Lc 11: 5-8, 1º Reis 18:43-45). Esse é um dos motivos porque muitas orações não são respondidas, muitas pessoas não desenvolvem a paciência e perseverança necessárias para continuar orando até que a resposta venha. Muitos desistem de orar quando não obtém a resposta imediata a suas orações. Se você plantou a semente da oração, deve esperar em oração até que o fruto nasça. Para vencer a inconstância e falta de perseverança na oração é preciso disciplina e discernimento que a oração nunca é tempo perdido, mas, tempo investido.


CONCLUSÃO: A oração é de fundamental importância, pois através dela podemos desfrutar de um relacionamento profundo com o Senhor e consequentemente experimentarmos plenamente das suas bênçãos. Mas infelizmente existem alguns obstáculos que tentam impedir as nossas orações, porém a Palavra de Deus nos ensina como podemos vencê-los para que nossa vida de oração seja plena e bem sucedida. 

sábado, abril 26, 2014

SENHOR, ENSINA-NOS A ORAR!

SENHOR, ENSINA-NOS A ORAR!
LUCAS 11:1-13

A oração é algo extremamente fundamental em nossa vida. Ela é usada por Deus como um canal por onde usufruímos da Sua Presença e das suas bênçãos. Você só poderá experimentar plenamente as bênçãos e a Presença de Deus através de um relacionamento profundo com Ele; e aprender a orar é um requisito fundamental dentro desse processo.

A oração é vital. Jesus sempre a valorizou. Ele tinha o hábito de orar diariamente. Ele orava noites inteiras, orava pelas manhãs, às tardes, etc... Ou seja, Jesus aproveitava cada oportunidade para orar. Isso me impressiona no ministério de Jesus. A Bíblia registra certas ocasiões em que Jesus passava o dia inteiro trabalhando exaustivamente para Deus, curando os enfermos, expulsando os demônios, ensinando os princípios de Deus para as pessoas, etc. ao fim do dia ao invés de ir descansar, a Bíblia diz que Ele se separava e ia ao monte para orar, e às vezes passava a noite toda orando, mesmo depois de viver um dia intenso para Deus (Cf. Mateus 14:23) No Evangelho de Lucas está registrado que “num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus”. (Lucas 6:12). 

Certa ocasião Jesus estava orando e ao terminar, um dos seus discípulos se aproximou dele e pediu: “Senhor, ensina-nos a orar...” Aquele discípulo havia percebido o quanto a oração ocupava um lugar central na vida de Seu Mestre e isso lhe motivou a fazer esse pedido. Ele poderia pedir qualquer outra coisa, (por exemplo, ele poderia ter pedido a Jesus que lhe ensinasse a pregar, a fazer milagres, a andar sobre as águas, ou que lhe ensinasse a fazer bons negócios, etc.), mas ele havia aprendido, observando a Jesus, que a oração deve ter prioridade máxima na lista das coisas que devemos fazer. Jesus atendeu ao pedido daquele discípulo e, ao fazer isso, nos deixou o Seu ensino a respeito da oração:

1º) Um modelo de oração (Vv.2-4)

"Quando vocês orarem, digam: Pai! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano. Perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todos os que nos devem. E não nos deixes cair em tentação [, mas livra-nos do mal]” (Lucas 11:2-4).

A primeira coisa que Jesus nos ensina nesse texto é uma oração modelo. Nós a conhecemos como a oração do Pai-nosso, mas na verdade é um modelo de oração, pois aqui Jesus nos deixou um padrão, um paradigma de oração. Como devemos orar? Nesse modelo de oração Jesus nos fornece alguns dos “ingredientes” que não podem faltar em uma oração bem sucedida. Por isso devemos entender que Jesus não nos deu esse exemplo de oração para que pudéssemos apenas repeti-la, sem compreender o que ela significa, mas ela deve servir como uma base que nos ensinará como orar. Portanto, se você deseja que a sua oração seja bem sucedida, e se o desejo do seu coração é ver Deus respondendo ao seu clamor, então estes “ingredientes” que estão inclusos na oração modelo (oração do Pai-nosso), também, não podem faltar em sua oração.

I- Redenção

Esse é o primeiro “ingrediente” da oração. Jesus dirige-se a Deus como Pai e ensina aos seus discípulos a se dirigirem a Deus da mesma forma. Talvez você pergunta: “mas o que isso tem haver com a redenção?” É por que somente alguém que foi redimido pela graça de Deus e recebeu Jesus como Senhor da sua vida pode legitimamente chamar Deus de Pai. A Bíblia diz que Jesus “veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (João 1:11-12).

Então quem crê em Jesus, quem faz uma aliança com Ele e anda nos Seus caminhos torna-se filho de Deus e pode legitimamente chamá-lO de Pai. Portanto esse é o primeiro requisito para que nossas orações sejam bem sucedidas: sermos redimidos, nos tornarmos filhos de Deus por meio da nossa fé em Cristo Jesus, ou seja, nascermos de novo (nascermos espiritualmente como filhos de Deus).

Esse é o ensino de Jesus: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo. Perguntou Nicodemos: Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer! Respondeu Jesus: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito. Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É NECESSÁRIO QUE VOCÊS NASÇAM DE NOVO”. (João 3:3-7 ênfase minha).

II- Adoração

Adorar é reconhecer que o nome de Deus é Santo. A palavra “santo” no hebraico קדֶשׁ (kodesh) e no grego αγιος (hagios)  significa separado, está à parte. Ele está separado de todo pecado e impureza, portanto Ele (e somente Ele) é digno de todo nosso louvor e adoração. Quando Jesus nos ensina a dizer ao Pai “santificado seja o teu nome”, Ele está nos ensinando um ato de adoração. É um reconhecimento que o Nome dEle é Santo (separado). O nome dEle é separado, está à parte, acima de todo e qualquer nome; acima de todos os anjos, arcanjos, querubins, serafins; acima de todos os principados, potestades e forças das trevas; acima do ser humano; acima de todo o universo e de toda a criação (o panteísmo ensina que Deus e o universo é a mesma coisa, mas na oração modelo Jesus nos ensina que Deus está acima do universo, o nome dEle é santo, separado).

Não pode faltar em nossa oração esse “ingrediente” chamado adoração. Devemos começar a orar com adoração. Devemos entrar na presença do Pai adorando o Seu Santo Nome. Antes de pedir qualquer coisa devemos adorá-lO, expressar o nosso amor por Ele, expressar o que Ele representa para nós e declarar o quanto nós desejamos estar em Sua Santa Presença. A adoração é o reconhecimento de quem Deus é; é estar numa profunda comunhão com Deus, é relacionar-se com Ele de modo íntimo, desfrutando da Sua Presença graciosa.

Tanto Jesus como Paulo se refere a Deus como “Aba”, expressão aramaica que significa “Pai” (Marcos 14:36; Romanos 8:15; Gálatas 4:6). Aba significa Pai, mas de um modo muito íntimo, é como chamá-lO de papai ou papaizinho. Por isso na adoração você pode se dirigir a Deus como o seu papai, e se você for baiano, como eu, pode chamá-lo de “Painho”.

Os Judeus não chamavam Deus de Pai num sentido pessoal, de relacionamento íntimo ou de comunhão afetiva. Quando um judeu se dirigia a Deus como Pai, fazia referência a Deus como Pai de Israel e não como Pai de uma pessoa individualmente (Êxodo 4:22; Jeremias 31:9). Nesse caso, o que estava sendo enfatizado era a autoridade de Deus e não um relacionamento pessoal com o ser humano. Porém Jesus veio e declarou ser o Filho de Deus, disse, também, que aqueles que nEle cressem se tornariam filhos de Deus e que cada um dos seus discípulos poderia se dirigir a Deus não apenas como Pai, mas como Aba. Esta afirmação de Jesus deixou os Judeus escandalizados, sendo esta uma das razões por que eles queriam matá-lO.

“Por essa razão, os judeus mais ainda queriam matá-lo, pois não somente estava violando o sábado, mas também estava até mesmo dizendo que Deus era seu próprio Pai, igualando-se a Deus” (João 5:18 NVI).

Temos uma irmã em Cristo (ela congrega conosco no Ministério Shallom e nós a chamamos carinhosamente de Zan) que sempre se dirige a Deus em oração chamando-O de “Papai querido”. É muito lindo vê-la orando e dizer “ó Papai querido eu te amo”, “ó Papai querido eu te adoro”. Um dia perguntei para ela como chamava o seu Pai terreno, ela me respondeu que o chamava de papai. Do mesmo modo carinhoso que ela se dirigia ao papai da terra, ela se dirigia ao Papai do céu.  Foi isso que Jesus nos ensinou, que a adoração nos leva a nos relacionarmos com Deus como nosso “Papai querido”, como nosso “Aba”.

III - Priorizar o Reino

Devemos orar para que venha o Reino de Deus. Isso significa que devemos colocar o Reino e os interesses de Deus em primeiro lugar. “Coloquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e ele dará a vocês todas essas coisas” (Mateus 6:33 NBV). Por isso Jesus nos ensina na oração modelo a orar pela manifestação do Reino de Deus. Diga ao Pai: Que venha o teu Reino, que se manifeste o teu governo. O que é o Reino de Deus? É o Governo de Deus. Quando clamamos: “Que venha o teu Reino, Senhor!” Não estamos orando apenas pela manifestação futura do Reino de Deus, mas estamos clamando, também, para que o Governo de Deus se manifeste aqui e agora, a começar por nossas vidas. Estamos pedindo: Senhor, venha governar sobre mim, sobre o meu casamento, sobre a minha família, sobre as minhas finanças, sobre a minha nação. Eu me rendo a ti, submeto cada área da minha vida ao teu governo. É o Senhor que reina, é o Senhor que domina, eu sou teu súdito.

Quando clamamos pela manifestação do Reino de Deus, estamos inseridos numa oração que trará a resposta de Deus, porque estamos orando de acordo com a Sua vontade. “E esta é a confiança quando estamos na presença de Deus: que ele nos ouvirá todas as vezes que lhe pedirmos alguma coisa que esteja de acordo com a sua vontade” (I João 5:14 NBV). Toda oração que estiver de acordo com a vontade de Deus terá as respostas de Deus.
A oração “Venha o teu Reino” é a priorização do Reino de Deus, dos interesses de Deus.

IV – Apresentar as necessidades

“Dá-nos a cada dia o nosso pão cotidiano” (V.3). Isso fala de apresentar a Deus as nossas necessidades. É claro que isso é mais abrangente do que apenas o alimento. Devemos colocar diante de Deus cada uma das nossas necessidades sejam elas espirituais, emocionais, físicas ou em qualquer outra área. Se você é solteiro e necessita se casar, fale com Deus sobre isso. Se você é um Pai de família e precisa de um trabalho melhor para atender as necessidades da sua família, apresente a Deus esta situação. Você está aflito, então ore. Está doente, clame a Deus pela sua cura. Precisa de paz, Ele tem paz para você. Se a sua necessidade é ser salvo, invoque o Nome do Senhor e Ele lhe salvará. “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13)

Deus deseja atender e suprir cada uma das nossas reais necessidades. “E o meu Deus suprirá cada uma das necessidades que vocês têm, por meio das suas gloriosas riquezas em Jesus Cristo” (Filipenses 4:19 NBV).

Você não precisa ter vergonha de apresentar a Deus aquilo de que necessita. O Próprio Deus diz que deseja atender ao seu clamor e suprir as suas necessidades, pois isso resultará em glória ao Seu Santo Nome.

Quais são as suas necessidades? Apresente-as a Deus. Foi o próprio Jesus que nos ensinou, ore ao Pai e diga: “Dá-nos a cada dia o nosso pão cotidiano”. Ele terá prazer em atendê-lo.

V – Desejo sincero de perdoar e ser perdoado

Esse “ingrediente” não pode faltar na sua oração. Se você se aproxima de Deus em oração deve estar disposto a perdoar tanto quanto está disposto a clamar a Deus pelo Seu perdão.
Quando estivermos orando devemos perdoar aqueles que nos ofenderam ao mesmo tempo em que nos arrependemos dos nossos pecados e pedimos perdão a Deus.

A falta de perdão obstrui a sua oração. Podemos ilustrar isso da seguinte forma: Imagine que existe um canal por onde sua orações chegam a Deus e as respostas dEle chegam até você, então quando você acumula ódio, rancor, ressentimento, ira, raiva etc., esse canal fica obstruído (entupindo), impedindo as sua orações de subirem a Deus e as respostas dele virem até você. Por isso para que as nossas orações sejam respondidas é necessário que eliminemos o pecado, tanto da nossa própria vida através da confissão, como da vida dos outros mediante o perdão. Jesus nos ensinou a orar dizendo: “Perdoe os nossos pecados, porque nós também perdoamos aqueles que pecaram contra nós” (Lucas 11: 4 NBV).

Por isso quando você estiver em seu momento de oração, confesse os seus pecados um por um, nome por nome, – por que não adianta você chegar diante de Deus e simplesmente dizer: “Senhor perdoe todos os meus pecados”, pois fazendo assim você não será confrontado a mudar. Devemos confessar o pecado pelo nome, por exemplo: Se eu mentir eu preciso chegar diante de Deus e dizer: “Senhor me perdoe pela mentira”. Quando fazemos este tipo de confissão, a santidade de Deus nos confronta e quando formos tentados novamente a cometer esse pecado nos lembramos que passamos por esse processo doloroso e evitaremos o pecado, por que sabemos que se pecarmos novamente teremos que passar por esse mesmo processo.

Quando estivermos orando devemos lembrar, também, das pessoas que nos ofenderam. Por exemplo, você está orando e se lembra de uma pessoa (vou chamá-lo de João) que lhe ofendeu. Então você diz: “Pai, eu perdoo João por ter me ofendido (traído, falado mal de mim, magoado, etc...), eu libero o perdão para ele agora, eu o perdoo no nome de Jesus”. Por que você deve fazer isso? Para que as suas orações não sejam obstruídas (interrompidas) e tenham as respostas de Deus.

Veja o que Jesus disse a respeito desse assunto: “Ouçam-me! Tudo o que vocês pedirem em oração, se crerem vocês receberam! Mas quando estivem orando, primeiro perdoem aqueles por quem foram ofendidos, para que o seu pai que está nos céus também perdoe os seus pecados. Mas se não perdoarem os outros, o seu Pai, que está nos céus, também não perdoará os seus pecados.” (Marcos 11:24-26).

Isso é muito sério! Isso nos ministra e nos confronta para que haja uma mudança. Neste texto Deus condiciona o perdão dele em nossa vida com a nossa disposição de perdoar aqueles que nos ofenderam. É perdoar para ser perdoado.

Essa questão do perdão é tão séria, que até um conflito conjugal, se não houver a liberação de perdão, pode obstruir as nossas orações. Veja o que diz a Palavra de Deus: “Vocês, maridos, devem ser cuidadosos com suas esposas, estando atentos as necessidades delas e respeitando-as como o sexo mais frágil; lembrem-se que vocês e suas esposas são coerdeiros do dom da graça da vida. AJAM ASSIM PARA QUE AS SUAS ORAÇÕES NÃO SEJAM INTERROMPIDAS” (I Pedro 3:7 NBV ênfase minha). Então se você teve algum conflito com o seu cônjuge peça perdão e libere o perdão (que haja um acerto e uma reconciliação entre vocês) para que as suas orações não sejam interrompidas.

VI – Livramento

“Não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal” (V.4). Quando estivermos orando devemos pedir a Deus que nos livre do mal (do mal que habita em nós e do mal que habita nos outros), do maligno e das tentações.

Por que devemos pedir a Deus que nos livre do mal que está em nós? Porque nós somos maus, a nossa natureza é má, foi o próprio Jesus quem disse isso (Lucas 11:13). Paulo expressou isso da seguinte forma: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Cristo Jesus nosso Senhor...” (Romanos 7:24,25).  Se há alguma bondade em nós, não é proveniente de nós mesmo, mas é fruto da misericórdia e da graça de Deus trabalhando em nossas vidas.

Sempre que vejo um mendigo ou um drogado eu penso: “se a graça de Deus não tivesse me alcançado e se eu não tivesse me rendido a ela, eu poderia estar na mesma situação. Eu não sou melhor do que ele em nada”.

Depois da queda de Adão herdamos o mal em nossa natureza, há um mal que habita em nós; e precisamos pedir a Deus que nos livre dele. Devemos pedir a Deus também que nos livre do mal que estar nos outros, para que eles não nos firam com os seus males. 

Devemos, ainda, pedir a Deus que nos livre das intenções de satanás, e das tentações. Embora devamos pedir a Deus que nos livre da tentação, não devemos nos colocar a nós mesmo em tentação. Infelizmente, existem pessoas que estão pedido a Deus para livra-las das tentações, mas estão ao mesmo tempo se colocando em tentação. Por exemplo, se a sua fraqueza é a bebida, não adianta pedir a Deus que livre você da tentação se continuar frequentando os bares. A Bíblia nos ensina a nos afastar da aparência da mal (I Tessalonicenses 5:22).

2°) Insistência na oração (Vv. 5-8)

A sua oração precisa ser insistente, perseverante. O Senhor conta uma ilustração para nos ensinar que devemos ser insistentes na oração. Ele usou esta ilustração: "Suponhamos que à meia-noite você fosse à casa de um amigo, pedindo três pães emprestados. Você gritaria: 'Um amigo meu acaba de chegar para visitar-me e eu não tenho nada de comer para dar a ele'. Ele responde então do quarto: 'Por favor não peça para eu me levantar. A porta já está trancada para passar a noite, e todos nós estamos na cama. Desta vez, infelizmente, não posso socorrer você'. Porém Eu digo isto - embora ele não o faça por ser seu amigo, se você continuar a bater bastante na porta, ele se levantará e lhe dará tudo quanto você quiser só por causa da sua insistência” (VV.5-8 BV).

Se um vizinho cansado e egoísta se levantou para atender um pedido insistente de um amigo, nosso bondoso Deus fará muito mais diante do clamor insistente dos seus filhos. Por isso devemos orar continuamente (sempre) e nunca desanimar (Lucas 18:1; 1 Tessalonicenses 5:17)

A nossa oração deve ser perseverante. A Bíblia nos ensina a orar continuamente (I Tessalonicenses 5:17), a orar sempre e nunca desanimar (Lucas 18:1), a orar em todo tempo (Efésios 6:18).

Por isso, se você for insistente e perseverante na oração Deus atenderá ao seu clamor e lhe dará aquilo de que você precisa. Nós devemos perseverar em oração. Tem coisas que você ora e tem a resposta hoje, mas outras, você só terá a resposta daqui a alguns anos. Mas infelizmente muitos não perseveram e desistem de orar, consequentemente não alcançam a resposta de Deus. Há pessoas que desistem de insistir, desistem de clamar, desanimam para orar. Por isso a Bíblia nos ensina: ore sempre e nunca esmoreça.

Seja perseverante em oração. Peça até que você tenha a resposta de Deus. Você pode estar orando há meses ou anos, mas se a resposta ainda não veio continue orando.

O profeta Elias perseverou em oração. Ele estava orando por chuva, orou a primeira vez e pediu ao seu discípulo que olhasse para ver se havia algum sinal de chuva, mas não houve. Então Elias continuou orando e o seu discípulo foi conferir o sinal da chuva pela segunda vez e nada, ele fez isso uma, duas, três... Sete vezes, até que na sétima vez o discípulo de Elias percebeu que uma pequena nuvem começou a se formar. Este era o sinal de que uma grande chuva viria sobre Israel, e de fato foi o que aconteceu (I Reis 18:42-45).

A Bíblia diz que “Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e o céu enviou chuva, e a terra produziu os seus frutos” (Tiago 5:17-18). Isso significa que se Deus ouviu a oração de Elias, Ele ouvirá a nossa também.

3ª) Recompensas da oração (Vv.9-13)

“Por isso eu lhes digo: Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta se abrirá. Pois todo aquele que pede, recebe; todos os que buscam, encontram; e a porta se abre a todo aquele que bate. Pergunto a vocês que são pais: Se o seu filho pedir pão, você como pai lhe dará uma pedra? Se ele pedir peixe, você lhe dará uma cobra? Ou se ele pedir um ovo, você lhe dará um escorpião? E se pecadores como vocês dão aos filhos o que eles precisam, quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem” (Lucas 11:9-13 NBV).

Esta é uma boa notícia: Há recompensas para as nossas orações. Jesus nos ensina que quando oramos de acordo com os seus ensinos, seremos recompensados. A recompensa deve ser para nós um estímulo e uma motivação para a oração. Pedir, buscar e bater são níveis crescentes de insistência (Willian Macdonald). Pedir é orar de modo geral, buscar é suplicar de modo especifico e bater é exigir de modo mais íntimo e fervoroso (Witness Lee).
Jesus disse que “todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (V.10). Se os pais humanos, mesmo tendo uma natureza má e pecadora, se esforçam para suprir as verdadeiras necessidades dos seus filhos, o Pai celestial deseja muito mais suprir as necessidades daqueles que clamam insistentemente por Ele, dando-lhes o Espírito Santo.

Quando você pede alguma coisa a Deus, Ele lhe dará, também, o Espírito Santo. Quando você pede a Deus “o pão”, “o peixe” e “o ovo” Ele não lhe dará apenas estas coisas, mas lhe presenteará com o Espírito Santo. Aquilo que mais precisamos (a nossa mais profunda necessidade) é exatamente aquilo que Deus mais deseja nos dar: O Espírito Santo.
É claro que como cristão não receberemos novamente o Espírito Santo como pessoa residente em nós, visto que nós já O possuímos desse modo, desde a nossa conversão em Cristo. Para nós, receber o Espírito Santo é receber o seu poder, a sua direção, o seu ensino, o seu conselho, o seu consolo, a sua sabedoria, o seu fruto, os seus dons e a manifestação da sua Presença.

Quando você recebe o Espírito Santo todas as suas necessidades reais serão supridas. Pois o Espírito Santo lhe ensinará a orar (Romanos 8:26-27) e lhe dará sabedoria para receber e administrar corretamente cada uma das bênçãos de Deus (Isaías 11:2). Por exemplo, quando você pede a Deus “o pão”, Ele lhe dará o Espírito Santo e o Espírito Santo lhe dará sabedoria para você receber “o pão” e administrá-lo corretamente. Quando você pede a Deus a cura, Ele lhe dará o Espírito Santo, e o Espírito Santo lhe conduzirá a uma vida de saúde e lhe dará sabedoria para preservá-la em sua vida. Quando você pede a Deus, Ele lhe dará o Espírito Santo e Ele será o Mentor que lhe conduzirá no suprimento das suas reais necessidades.

Se o Espírito Santo morar em nós, temos tudo; mas se não tivermos o Espírito Santo, não temos nada. E para receber o Espírito Santo como pessoa residente em nós é preciso fazer uma aliança com Jesus (Atos 2:38). E para recebê-lo como doador dos dons, conselho, sabedoria, poder etc., é preciso pedir ao Pai (Lucas 11:13).

Se você estiver pedido, vai receber; se estiver buscando, vai encontrar; se estiver batendo, a porta da graça se abrirá para você. Esta será a sua recompensa.

Que hoje o Precioso Espírito Santo revolucione a sua vida de oração e que Ele possa lhe ensinar a orar como Jesus.


Por Josivaldo Oliveira