SENHOR,
ENSINA-NOS A ORAR!
LUCAS
11:1-13
A oração é algo
extremamente fundamental em nossa vida. Ela é usada por Deus como um canal por
onde usufruímos da Sua Presença e das suas bênçãos. Você só poderá experimentar
plenamente as bênçãos e a Presença de Deus através de um relacionamento
profundo com Ele; e aprender a orar é um requisito fundamental dentro desse
processo.
A oração é vital. Jesus
sempre a valorizou. Ele tinha o hábito de orar diariamente. Ele orava noites
inteiras, orava pelas manhãs, às tardes, etc... Ou seja, Jesus aproveitava cada
oportunidade para orar. Isso me impressiona no ministério de Jesus. A Bíblia
registra certas ocasiões em que Jesus passava o dia inteiro trabalhando
exaustivamente para Deus, curando os enfermos, expulsando os demônios,
ensinando os princípios de Deus para as pessoas, etc. ao fim do dia ao invés de
ir descansar, a Bíblia diz que Ele se separava e ia ao monte para orar, e às
vezes passava a noite toda orando, mesmo depois de viver um dia intenso para
Deus (Cf. Mateus 14:23) No Evangelho de Lucas está registrado que “num daqueles
dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus”. (Lucas
6:12).
Certa ocasião Jesus estava
orando e ao terminar, um dos seus discípulos se aproximou dele e pediu:
“Senhor, ensina-nos a orar...” Aquele discípulo havia percebido o quanto a
oração ocupava um lugar central na vida de Seu Mestre e isso lhe motivou a
fazer esse pedido. Ele poderia pedir qualquer outra coisa, (por exemplo, ele
poderia ter pedido a Jesus que lhe ensinasse a pregar, a fazer milagres, a
andar sobre as águas, ou que lhe ensinasse a fazer bons negócios, etc.), mas
ele havia aprendido, observando a Jesus, que a oração deve ter prioridade
máxima na lista das coisas que devemos fazer. Jesus atendeu ao pedido daquele
discípulo e, ao fazer isso, nos deixou o Seu ensino a respeito da oração:
1º)
Um modelo de oração (Vv.2-4)
"Quando vocês orarem,
digam: Pai! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Dá-nos cada dia o
nosso pão cotidiano. Perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a
todos os que nos devem. E não nos deixes cair em tentação [, mas livra-nos do
mal]” (Lucas 11:2-4).
A primeira coisa que Jesus
nos ensina nesse texto é uma oração modelo. Nós a conhecemos como a oração do
Pai-nosso, mas na verdade é um modelo de oração, pois aqui Jesus nos deixou um
padrão, um paradigma de oração. Como devemos orar? Nesse modelo de oração Jesus
nos fornece alguns dos “ingredientes” que não podem faltar em uma oração bem
sucedida. Por isso devemos entender que Jesus não nos deu esse exemplo de
oração para que pudéssemos apenas repeti-la, sem compreender o que ela
significa, mas ela deve servir como uma base que nos ensinará como orar. Portanto,
se você deseja que a sua oração seja bem sucedida, e se o desejo do seu coração
é ver Deus respondendo ao seu clamor, então estes “ingredientes” que estão
inclusos na oração modelo (oração do Pai-nosso), também, não podem faltar em
sua oração.
I-
Redenção
Esse é o primeiro
“ingrediente” da oração. Jesus dirige-se a Deus como Pai e ensina aos seus
discípulos a se dirigirem a Deus da mesma forma. Talvez você pergunta: “mas o
que isso tem haver com a redenção?” É por que somente alguém que foi redimido
pela graça de Deus e recebeu Jesus como Senhor da sua vida pode legitimamente
chamar Deus de Pai. A Bíblia diz que Jesus “veio para o que era seu, mas os
seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome,
deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (João 1:11-12).
Então quem crê em Jesus,
quem faz uma aliança com Ele e anda nos Seus caminhos torna-se filho de Deus e
pode legitimamente chamá-lO de Pai. Portanto esse é o primeiro requisito para
que nossas orações sejam bem sucedidas: sermos redimidos, nos tornarmos filhos
de Deus por meio da nossa fé em Cristo Jesus, ou seja, nascermos de novo
(nascermos espiritualmente como filhos de Deus).
Esse é o ensino de Jesus: “Digo-lhe
a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo. Perguntou
Nicodemos: Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar
pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer! Respondeu Jesus: Digo-lhe a
verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do
Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito.
Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É NECESSÁRIO QUE VOCÊS NASÇAM DE NOVO”.
(João 3:3-7 ênfase minha).
II-
Adoração
Adorar é reconhecer que o
nome de Deus é Santo. A palavra “santo” no hebraico קדֶשׁ (kodesh) e no
grego αγιος (hagios) significa separado, está à parte. Ele está
separado de todo pecado e impureza, portanto Ele (e somente Ele) é digno de
todo nosso louvor e adoração. Quando Jesus nos ensina a dizer ao Pai
“santificado seja o teu nome”, Ele está nos ensinando um ato de adoração. É um
reconhecimento que o Nome dEle é Santo (separado). O nome dEle é separado, está
à parte, acima de todo e qualquer nome; acima de todos os anjos, arcanjos,
querubins, serafins; acima de todos os principados, potestades e forças das
trevas; acima do ser humano; acima de todo o universo e de toda a criação (o
panteísmo ensina que Deus e o universo é a mesma coisa, mas na oração modelo
Jesus nos ensina que Deus está acima do universo, o nome dEle é santo,
separado).
Não pode faltar em nossa
oração esse “ingrediente” chamado adoração. Devemos começar a orar com
adoração. Devemos entrar na presença do Pai adorando o Seu Santo Nome. Antes de
pedir qualquer coisa devemos adorá-lO, expressar o nosso amor por Ele,
expressar o que Ele representa para nós e declarar o quanto nós desejamos estar
em Sua Santa Presença. A adoração é o reconhecimento de quem Deus é; é estar
numa profunda comunhão com Deus, é relacionar-se com Ele de modo íntimo,
desfrutando da Sua Presença graciosa.
Tanto Jesus como Paulo se
refere a Deus como “Aba”, expressão aramaica que significa “Pai” (Marcos 14:36;
Romanos 8:15; Gálatas 4:6). Aba significa Pai, mas de um modo muito íntimo, é como
chamá-lO de papai ou papaizinho. Por isso na adoração você pode se dirigir a
Deus como o seu papai, e se você for baiano, como eu, pode chamá-lo de
“Painho”.
Os Judeus não chamavam Deus
de Pai num sentido pessoal, de relacionamento íntimo ou de comunhão afetiva. Quando
um judeu se dirigia a Deus como Pai, fazia referência a Deus como Pai de Israel
e não como Pai de uma pessoa individualmente (Êxodo 4:22; Jeremias 31:9). Nesse
caso, o que estava sendo enfatizado era a autoridade de Deus e não um
relacionamento pessoal com o ser humano. Porém Jesus veio e declarou ser o
Filho de Deus, disse, também, que aqueles que nEle cressem se tornariam filhos
de Deus e que cada um dos seus discípulos poderia se dirigir a Deus não apenas
como Pai, mas como Aba. Esta afirmação de Jesus deixou os Judeus escandalizados,
sendo esta uma das razões por que eles queriam matá-lO.
“Por essa razão, os judeus
mais ainda queriam matá-lo, pois não somente estava violando o sábado, mas
também estava até mesmo dizendo que Deus era seu próprio Pai, igualando-se a
Deus” (João 5:18 NVI).
Temos uma irmã em Cristo
(ela congrega conosco no Ministério Shallom e nós a chamamos carinhosamente de
Zan) que sempre se dirige a Deus em oração chamando-O de “Papai querido”. É
muito lindo vê-la orando e dizer “ó Papai querido eu te amo”, “ó Papai querido
eu te adoro”. Um dia perguntei para ela como chamava o seu Pai terreno, ela me
respondeu que o chamava de papai. Do mesmo modo carinhoso que ela se dirigia ao
papai da terra, ela se dirigia ao Papai do céu.
Foi isso que Jesus nos ensinou, que a adoração nos leva a nos
relacionarmos com Deus como nosso “Papai querido”, como nosso “Aba”.
III
- Priorizar o Reino
Devemos orar para que venha
o Reino de Deus. Isso significa que devemos colocar o Reino e os interesses de
Deus em primeiro lugar. “Coloquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a
sua justiça, e ele dará a vocês todas essas coisas” (Mateus 6:33 NBV). Por isso
Jesus nos ensina na oração modelo a orar pela manifestação do Reino de Deus.
Diga ao Pai: Que venha o teu Reino, que se manifeste o teu governo. O que é o
Reino de Deus? É o Governo de Deus. Quando clamamos: “Que venha o teu Reino,
Senhor!” Não estamos orando apenas pela manifestação futura do Reino de Deus,
mas estamos clamando, também, para que o Governo de Deus se manifeste aqui e
agora, a começar por nossas vidas. Estamos pedindo: Senhor, venha governar
sobre mim, sobre o meu casamento, sobre a minha família, sobre as minhas
finanças, sobre a minha nação. Eu me rendo a ti, submeto cada área da minha
vida ao teu governo. É o Senhor que reina, é o Senhor que domina, eu sou teu
súdito.
Quando clamamos pela
manifestação do Reino de Deus, estamos inseridos numa oração que trará a
resposta de Deus, porque estamos orando de acordo com a Sua vontade. “E esta é
a confiança quando estamos na presença de Deus: que ele nos ouvirá todas as
vezes que lhe pedirmos alguma coisa que esteja de acordo com a sua vontade” (I
João 5:14 NBV). Toda oração que estiver de acordo com a vontade de Deus terá as
respostas de Deus.
A oração “Venha o teu
Reino” é a priorização do Reino de Deus, dos interesses de Deus.
IV
– Apresentar as necessidades
“Dá-nos a cada dia o nosso
pão cotidiano” (V.3). Isso fala de apresentar a Deus as nossas necessidades. É
claro que isso é mais abrangente do que apenas o alimento. Devemos colocar
diante de Deus cada uma das nossas necessidades sejam elas espirituais,
emocionais, físicas ou em qualquer outra área. Se você é solteiro e necessita
se casar, fale com Deus sobre isso. Se você é um Pai de família e precisa de um
trabalho melhor para atender as necessidades da sua família, apresente a Deus
esta situação. Você está aflito, então ore. Está doente, clame a Deus pela sua
cura. Precisa de paz, Ele tem paz para você. Se a sua necessidade é ser salvo,
invoque o Nome do Senhor e Ele lhe salvará. “Porque todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13)
Deus deseja atender e
suprir cada uma das nossas reais necessidades. “E o meu Deus suprirá cada uma
das necessidades que vocês têm, por meio das suas gloriosas riquezas em Jesus
Cristo” (Filipenses 4:19 NBV).
Você não precisa ter
vergonha de apresentar a Deus aquilo de que necessita. O Próprio Deus diz que
deseja atender ao seu clamor e suprir as suas necessidades, pois isso resultará
em glória ao Seu Santo Nome.
Quais são as suas
necessidades? Apresente-as a Deus. Foi o próprio Jesus que nos ensinou, ore ao
Pai e diga: “Dá-nos a cada dia o nosso pão cotidiano”. Ele terá prazer em
atendê-lo.
V
– Desejo sincero de perdoar e ser perdoado
Esse “ingrediente” não pode
faltar na sua oração. Se você se aproxima de Deus em oração deve estar disposto
a perdoar tanto quanto está disposto a clamar a Deus pelo Seu perdão.
Quando estivermos orando
devemos perdoar aqueles que nos ofenderam ao mesmo tempo em que nos
arrependemos dos nossos pecados e pedimos perdão a Deus.
A falta de perdão obstrui a
sua oração. Podemos ilustrar isso da seguinte forma: Imagine que existe um
canal por onde sua orações chegam a Deus e as respostas dEle chegam até você,
então quando você acumula ódio, rancor, ressentimento, ira, raiva etc., esse
canal fica obstruído (entupindo), impedindo as sua orações de subirem a Deus e
as respostas dele virem até você. Por isso para que as nossas orações sejam
respondidas é necessário que eliminemos o pecado, tanto da nossa própria vida
através da confissão, como da vida dos outros mediante o perdão. Jesus nos
ensinou a orar dizendo: “Perdoe os nossos pecados, porque nós também perdoamos
aqueles que pecaram contra nós” (Lucas 11: 4 NBV).
Por isso quando você
estiver em seu momento de oração, confesse os seus pecados um por um, nome por
nome, – por que não adianta você chegar diante de Deus e simplesmente dizer: “Senhor
perdoe todos os meus pecados”, pois fazendo assim você não será confrontado a
mudar. Devemos confessar o pecado pelo nome, por exemplo: Se eu mentir eu
preciso chegar diante de Deus e dizer: “Senhor me perdoe pela mentira”. Quando
fazemos este tipo de confissão, a santidade de Deus nos confronta e quando
formos tentados novamente a cometer esse pecado nos lembramos que passamos por
esse processo doloroso e evitaremos o pecado, por que sabemos que se pecarmos
novamente teremos que passar por esse mesmo processo.
Quando estivermos orando
devemos lembrar, também, das pessoas que nos ofenderam. Por exemplo, você está
orando e se lembra de uma pessoa (vou chamá-lo de João) que lhe ofendeu. Então
você diz: “Pai, eu perdoo João por ter me ofendido (traído, falado mal de mim,
magoado, etc...), eu libero o perdão para ele agora, eu o perdoo no nome de
Jesus”. Por que você deve fazer isso? Para que as suas orações não sejam
obstruídas (interrompidas) e tenham as respostas de Deus.
Veja o que Jesus disse a
respeito desse assunto: “Ouçam-me! Tudo o que vocês pedirem em oração, se
crerem vocês receberam! Mas quando estivem orando, primeiro perdoem aqueles por
quem foram ofendidos, para que o seu pai que está nos céus também perdoe os
seus pecados. Mas se não perdoarem os outros, o seu Pai, que está nos céus,
também não perdoará os seus pecados.” (Marcos 11:24-26).
Isso é muito sério! Isso
nos ministra e nos confronta para que haja uma mudança. Neste texto Deus
condiciona o perdão dele em nossa vida com a nossa disposição de perdoar
aqueles que nos ofenderam. É perdoar para ser perdoado.
Essa questão do perdão é
tão séria, que até um conflito conjugal, se não houver a liberação de perdão,
pode obstruir as nossas orações. Veja o que diz a Palavra de Deus: “Vocês,
maridos, devem ser cuidadosos com suas esposas, estando atentos as necessidades
delas e respeitando-as como o sexo mais frágil; lembrem-se que vocês e suas
esposas são coerdeiros do dom da graça da vida. AJAM ASSIM PARA QUE AS SUAS
ORAÇÕES NÃO SEJAM INTERROMPIDAS” (I Pedro 3:7 NBV ênfase minha). Então se você
teve algum conflito com o seu cônjuge peça perdão e libere o perdão (que haja
um acerto e uma reconciliação entre vocês) para que as suas orações não sejam
interrompidas.
VI
– Livramento
“Não nos deixe cair em
tentação, mas livra-nos do mal” (V.4). Quando estivermos orando devemos pedir a
Deus que nos livre do mal (do mal que habita em nós e do mal que habita nos
outros), do maligno e das tentações.
Por que devemos pedir a
Deus que nos livre do mal que está em nós? Porque nós somos maus, a nossa natureza
é má, foi o próprio Jesus quem disse isso (Lucas 11:13). Paulo expressou isso
da seguinte forma: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta
morte? Dou graças a Deus por Cristo Jesus nosso Senhor...” (Romanos
7:24,25). Se há alguma bondade em nós,
não é proveniente de nós mesmo, mas é fruto da misericórdia e da graça de Deus
trabalhando em nossas vidas.
Sempre que vejo um mendigo
ou um drogado eu penso: “se a graça de Deus não tivesse me alcançado e se eu
não tivesse me rendido a ela, eu poderia estar na mesma situação. Eu não sou
melhor do que ele em nada”.
Depois da queda de Adão
herdamos o mal em nossa natureza, há um mal que habita em nós; e precisamos
pedir a Deus que nos livre dele. Devemos pedir a Deus também que nos livre do
mal que estar nos outros, para que eles não nos firam com os seus males.
Devemos, ainda, pedir a Deus que nos livre das intenções de satanás, e das
tentações. Embora devamos pedir a Deus
que nos livre da tentação, não devemos nos colocar a nós mesmo em tentação. Infelizmente,
existem pessoas que estão pedido a Deus para livra-las das tentações, mas estão
ao mesmo tempo se colocando em tentação. Por exemplo, se a sua fraqueza é a
bebida, não adianta pedir a Deus que livre você da tentação se continuar
frequentando os bares. A Bíblia nos ensina a nos afastar da aparência da mal (I
Tessalonicenses 5:22).
2°)
Insistência na oração (Vv. 5-8)
A sua oração precisa ser
insistente, perseverante. O Senhor conta uma ilustração para nos ensinar que
devemos ser insistentes na oração. Ele usou esta ilustração: "Suponhamos
que à meia-noite você fosse à casa de um amigo, pedindo três pães emprestados.
Você gritaria: 'Um amigo meu acaba de chegar para visitar-me e eu não tenho
nada de comer para dar a ele'. Ele responde então do quarto: 'Por favor não
peça para eu me levantar. A porta já está trancada para passar a noite, e todos
nós estamos na cama. Desta vez, infelizmente, não posso socorrer você'. Porém
Eu digo isto - embora ele não o faça por ser seu amigo, se você continuar a
bater bastante na porta, ele se levantará e lhe dará tudo quanto você quiser só
por causa da sua insistência” (VV.5-8 BV).
Se um vizinho cansado e
egoísta se levantou para atender um pedido insistente de um amigo, nosso
bondoso Deus fará muito mais diante do clamor insistente dos seus filhos. Por
isso devemos orar continuamente (sempre) e nunca desanimar (Lucas 18:1; 1
Tessalonicenses 5:17)
A nossa oração deve ser
perseverante. A Bíblia nos ensina a orar continuamente (I Tessalonicenses
5:17), a orar sempre e nunca desanimar (Lucas 18:1), a orar em todo tempo
(Efésios 6:18).
Por isso, se você for
insistente e perseverante na oração Deus atenderá ao seu clamor e lhe dará
aquilo de que você precisa. Nós devemos perseverar em oração. Tem coisas que
você ora e tem a resposta hoje, mas outras, você só terá a resposta daqui a
alguns anos. Mas infelizmente muitos não perseveram e desistem de orar,
consequentemente não alcançam a resposta de Deus. Há pessoas que desistem de
insistir, desistem de clamar, desanimam para orar. Por isso a Bíblia nos
ensina: ore sempre e nunca esmoreça.
Seja perseverante em
oração. Peça até que você tenha a resposta de Deus. Você pode estar orando há
meses ou anos, mas se a resposta ainda não veio continue orando.
O profeta Elias perseverou
em oração. Ele estava orando por chuva, orou a primeira vez e pediu ao seu
discípulo que olhasse para ver se havia algum sinal de chuva, mas não houve.
Então Elias continuou orando e o seu discípulo foi conferir o sinal da chuva
pela segunda vez e nada, ele fez isso uma, duas, três... Sete vezes, até que na
sétima vez o discípulo de Elias percebeu que uma pequena nuvem começou a se
formar. Este era o sinal de que uma grande chuva viria sobre Israel, e de fato
foi o que aconteceu (I Reis 18:42-45).
A Bíblia diz que “Elias era
humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu
sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e o céu enviou chuva, e a terra produziu os seus frutos” (Tiago
5:17-18). Isso significa que se Deus ouviu a oração de Elias, Ele ouvirá a
nossa também.
3ª)
Recompensas da oração (Vv.9-13)
“Por isso eu lhes digo:
Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta se abrirá.
Pois todo aquele que pede, recebe; todos os que buscam, encontram; e a porta se
abre a todo aquele que bate. Pergunto a vocês que são pais: Se o seu filho
pedir pão, você como pai lhe dará uma pedra? Se ele pedir peixe, você lhe dará
uma cobra? Ou se ele pedir um ovo, você lhe dará um escorpião? E se pecadores
como vocês dão aos filhos o que eles precisam, quanto mais o Pai que está nos
céus dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem” (Lucas 11:9-13 NBV).
Esta é uma boa notícia: Há
recompensas para as nossas orações. Jesus nos ensina que quando oramos de
acordo com os seus ensinos, seremos recompensados. A recompensa deve ser para
nós um estímulo e uma motivação para a oração. Pedir, buscar e bater são níveis
crescentes de insistência (Willian Macdonald). Pedir é orar de modo geral,
buscar é suplicar de modo especifico e bater é exigir de modo mais íntimo e
fervoroso (Witness Lee).
Jesus disse que “todo o que
pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (V.10).
Se os pais humanos, mesmo tendo uma natureza má e pecadora, se esforçam para
suprir as verdadeiras necessidades dos seus filhos, o Pai celestial deseja
muito mais suprir as necessidades daqueles que clamam insistentemente por Ele,
dando-lhes o Espírito Santo.
Quando você pede alguma
coisa a Deus, Ele lhe dará, também, o Espírito Santo. Quando você pede a Deus
“o pão”, “o peixe” e “o ovo” Ele não lhe dará apenas estas coisas, mas lhe
presenteará com o Espírito Santo. Aquilo que mais precisamos (a nossa mais
profunda necessidade) é exatamente aquilo que Deus mais deseja nos dar: O
Espírito Santo.
É claro que como cristão
não receberemos novamente o Espírito Santo como pessoa residente em nós, visto
que nós já O possuímos desse modo, desde a nossa conversão em Cristo. Para nós,
receber o Espírito Santo é receber o seu poder, a sua direção, o seu ensino, o
seu conselho, o seu consolo, a sua sabedoria, o seu fruto, os seus dons e a
manifestação da sua Presença.
Quando você recebe o
Espírito Santo todas as suas necessidades reais serão supridas. Pois o Espírito
Santo lhe ensinará a orar (Romanos 8:26-27) e lhe dará sabedoria para receber e
administrar corretamente cada uma das bênçãos de Deus (Isaías 11:2). Por
exemplo, quando você pede a Deus “o pão”, Ele lhe dará o Espírito Santo e o
Espírito Santo lhe dará sabedoria para você receber “o pão” e administrá-lo
corretamente. Quando você pede a Deus a cura, Ele lhe dará o Espírito Santo, e
o Espírito Santo lhe conduzirá a uma vida de saúde e lhe dará sabedoria para
preservá-la em sua vida. Quando você pede a Deus, Ele lhe dará o Espírito Santo
e Ele será o Mentor que lhe conduzirá no suprimento das suas reais
necessidades.
Se o Espírito Santo morar
em nós, temos tudo; mas se não tivermos o Espírito Santo, não temos nada. E
para receber o Espírito Santo como pessoa residente em nós é preciso fazer uma
aliança com Jesus (Atos 2:38). E para recebê-lo como doador dos dons, conselho,
sabedoria, poder etc., é preciso pedir ao Pai (Lucas 11:13).
Se você estiver pedido, vai
receber; se estiver buscando, vai encontrar; se estiver batendo, a porta da
graça se abrirá para você. Esta será a sua recompensa.
Que hoje o Precioso
Espírito Santo revolucione a sua vida de oração e que Ele possa lhe ensinar a
orar como Jesus.
Por Josivaldo Oliveira