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segunda-feira, maio 26, 2025

A PURIFICAÇÃO DO TEMPLO E O CORAÇÃO HUMANO

 


A PURIFICAÇÃO DO TEMPLO E O CORAÇÃO HUMANO - JOÃO 2:12-25

“Depois disso, ele desceu a Cafarnaum com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos. Ali ficaram alguns dias. Quando já estava chegando a Páscoa judaica, Jesus subiu a Jerusalém. No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro. Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas. Aos que vendiam pombas disse: ‘Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!’ Seus discípulos lembraram-se que está escrito: ‘O zelo pela tua casa me consumirá.’ Então os judeus lhe perguntaram: ‘Que sinal miraculoso o senhor pode mostrar-nos como prova da sua autoridade para fazer tudo isto?’ Jesus lhes respondeu: ‘Destruam este templo, e eu o levantarei em três dias.’ Os judeus responderam: ‘Este templo levou quarenta e seis anos para ser edificado, e o senhor vai levantá-lo em três dias?’ Mas o templo do qual ele falava era o seu corpo. Depois que ressuscitou dos mortos, seus discípulos lembraram-se do que ele tinha dito. Então creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera. Enquanto estava em Jerusalém, na festa da Páscoa, muitos viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e creram em seu nome. Mas Jesus não se confiava a eles, pois os conhecia a todos. Não precisava que ninguém lhe desse testemunho a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem.”
— João 2:12-25 (NVI)

INTRODUÇÃO

O texto de João 2:12-25, que narra a purificação do templo por nosso Senhor Jesus Cristo, nos traz lições preciosas — lições que podem ser aplicadas tanto à nossa vida pessoal quanto à nossa adoração pública ao Senhor e ao nosso relacionamento com Ele.

Embora o trecho contenha muitas verdades, hoje eu gostaria de destacar três lições principais. São verdades profundas, que nos confrontam, nos orientam e, ao mesmo tempo, revelam o zelo de Cristo por uma adoração pura, por um coração sincero e por uma fé verdadeira.


1. CRISTO DESAPROVA O COMPORTAMENTO IRREVERENTE NA CASA DE DEUS

Esse evento da purificação do templo por Nosso Senhor Jesus Cristo nos revela algo profundo: Cristo desaprova toda forma de irreverência na casa de Deus. Isso é registrado duas vezes nas Escrituras — uma no início de seu ministério (João 2:12-25) e outra no final (Mateus 21:12-16). Em ambas, Jesus encontra o mesmo tipo de profanação acontecendo.

Somos lembrados em Eclesiastes 5:1:

“Guarde o pé quando entrar na casa de Deus. Aproximar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois estes não sabem que fazem o mal.”

Mesmo hoje, é possível estarmos presentes num culto e, ainda assim, profanar a nossa adoração — seja com pensamentos impuros, maldades no coração ou desejos de prejudicar o próximo.

Assim como Jesus purificou o templo, Ele deseja purificar o nosso coração. Por meio de sua santa Palavra e da autoridade do Espírito Santo, Cristo quer nos limpar de tudo o que contamina e transforma a adoração num mero ritual, sem espírito e sem verdade. O Pai busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade (João 4:23).

Mãos limpas e um coração puro são requisitos fundamentais para uma adoração que agrada a Deus:

“Quem poderá subir o monte do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar? Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos nem jura por deuses falsos.”
— Salmo 24:3-4 (NVI)


2. ALGUMAS VERDADES ESPIRITUAIS SÓ SÃO COMPREENDIDAS COM O TEMPO

Outra lição poderosa desse texto é que algumas verdades espirituais só são compreendidas com o tempo. O evangelho de João nos diz que os discípulos só entenderam o significado do que Jesus dissera após a sua ressurreição:

“Depois que ressuscitou dos mortos, seus discípulos lembraram-se do que ele tinha dito. Então creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera.”
— João 2:22 (NVI)

Durante três anos e meio, aquelas palavras pareceram sem sentido para eles. Ficaram como sementes adormecidas, plantadas em seus corações, até que o Espírito Santo as vivificasse no momento certo.

Da mesma forma, pode acontecer hoje. Pregações, conselhos de pais, orientações pastorais — muitas vezes são ouvidos, mas não compreendidos de imediato. Com o tempo, nas circunstâncias apropriadas, o Espírito Santo traz essas palavras de volta, iluminando o entendimento e transformando vidas.

Por isso, quem prega, ensina ou discipula não deve se desanimar:

“Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil.”
— 1 Coríntios 15:58 (NVI)

“Lance o seu pão sobre as águas, e depois de muitos dias você tornará a encontrá-lo.”
— Eclesiastes 11:1 (NVI)


3. CRISTO CONHECE O CORAÇÃO HUMANO

O texto também nos mostra que Jesus conhece profundamente o coração do homem:

“Enquanto estava em Jerusalém, na festa da Páscoa, muitos viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e creram em seu nome. Mas Jesus não se confiava a eles, pois os conhecia a todos. Não precisava que ninguém lhe desse testemunho a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem.”
— João 2:23-25 (NVI)

Muitos creram, mas sua fé era apenas emocional, baseada em sinais e milagres. Jesus não se entregava a eles, pois sabia que suas intenções não eram genuínas. Ele sabia o que havia em seus corações.

Podemos até enganar os homens com uma aparência de espiritualidade, com palavras piedosas e comportamento religioso. Mas não podemos enganar o Senhor.

“Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto.”
— Apocalipse 3:1b (NVI)

Essa verdade tem dois lados:
Ela assusta os hipócritas, mas consola os sinceros.
Ela ameaça os falsos discípulos, mas enche de paz os que amam verdadeiramente a Jesus.
O verdadeiro cristão deseja que os olhos do Senhor estejam sobre ele em todo tempo — pois ele não teme ser sondado, mas se alegra por ser conhecido e amado pelo seu Salvador.


CONCLUSÃO

Diante dessas verdades, somos chamados a reverência em nossa adoração e em nosso relacionamento com Deus.
Somos desafiados a continuar ensinando e pregando, mesmo quando parece que ninguém está ouvindo ou entendendo — pois confiamos que o Espírito Santo, no tempo certo, vivificará a Palavra no coração dos ouvintes.

E, por fim, devemos lembrar que Cristo conhece o nosso coração.
A opinião das pessoas sobre nós tem pouco valor diante da avaliação daquele que sonda mente e coração.

Por isso, que a nossa busca seja pela aprovação de Jesus, e não dos homens.


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