Um
homem saiu da sua terra natal por dois motivos: Em primeiro lugar, o
seu irmão mais velho havia lhe ameaçado de morte motivado pela
raiva por ter sido enganado por ele. Mas o segundo motivo é que ele
aspirava por dias melhores, e por causa disso ele foi em busca de uma
nova terra, onde julgava encontrar novas oportunidades. E nessa
jornada, depois de dias viajando, ele chega ao lugar onde (embora ele
não soubesse disso) habitaria por cerca de 20 anos. Quando chegou
nesse lugar, encontrou com uma jovem muita linda e atraente e ele se
apaixonou por ela. Depois de ir a casa dela e conhecer a sua família
ele decidiu trabalhar durante sete anos para se casar com ela. Então
ele faz um acordo com o pai daquela jovem que trabalharia sete anos
para ele e que após esse prazo ele se casaria com a sua filha. Os
anos se passaram, a data do casamento se aproxima, então ele
conversa com o pai da jovem e a pede em casamento. O pai concorda. A
data é marcada. Finalmente o grande dia chega, o dia que ele havia
aguardado por sete anos.
A
cerimônia começa acontecer, tudo muito lindo, programado com muita
antecedência. A noiva estava linda, mas havia um detalhe bem
interessante, um véu que cobria todo o seu rosto. Todo aquele
mistério parecia deixá-lo ainda mais atraindo por sua amada noiva.
A cerimônia termina, a festa começa. O casal permanece na festa
pouco tempo, somente o suficiente para receber os cumprimentos dos
convidados. O noivo está bastante apressado (e não faz questão de
esconder a sua pressa), ele está pensando: “tenho coisas mais
interessantes para fazer”. “Coisas” que ele havia aguardado
pacientemente por sete anos.
Então
eles saem apressadamente para o quarto de núpcias, preparado com
muito carinho para essa finalidade. O quarto está perfumado com
aromas especiais, pétalas de flores silvestre sobre a cama, pouca
luz, apenas uma penumbra projetada por uma tocha acesa numa recâmara
ao lado. Ao fundo uma linda canção de amor está invadindo aquele
ambiente, vindo do lado externo da recâmara nupcial. É uma linda
melodia (a preferida do noivo) tocada a cerca de 100 metros de
distância por músicos profissionais contratados pelo pai da noiva.
Toda
aquela atmosfera está favorável para o amor. Então eles se deitam
e fazem amor pela primeira vez. A noite parecia ser apenas uma
criança. E passou tão rápido! O dia amanhece eles acordam com o
canto dos pássaros, que davam boas vindas ao novo dia com belíssimas
melodias. O esposo vira-se para a sua esposa para beijá-la, afagá-la
com carinho e ternura e vê-la com bastante nitidez, já que agora o
quarto está invadindo com bastante luz solar e ele pode ver quão
linda ela é e quão belos e meigos são os seus olhos.
Porém
ao vê-la, que surpresa desagradável ele tem. Ele descobriu que
havia se casado com a mulher errada. Não era a sua amada, por quem
ele havia trabalhado durante longos sete anos. Não era aquela por
quem ele havia se apaixonado desde a primeira vez que a viu, não era
aquela por quem ele havia esperado ansiosamente cada ano, mês,
semana, dia, hora, minuto e segundo. Não era aquela de olhos
atraentes e meigos. Não era a caçulinha de fala mansa e jeito
dengoso. Era a irmã mais velha dela. Por quem ele não sentia um
mínimo de atração. Nem amor, nem paixão, nem fogo ardente em seu
coração; nada.
Então
ele deu um forte grito: “Nãooooooooooooo”. E saiu correndo para
falar com o seu sogro. “Por que você fez isso comigo, por que me
enganou desta maneira, eu não trabalhei durante sete anos da minha
vida para você, para ter o direito de casar com a sua filha mais
nova? Por que você me enganou e me deu a sua filha mais velha em
casamento, em lugar da mais nova”. Então o sogro dele lhe
respondeu: “ Na verdade, não faz parte na nossa cultura casar a
filha mais nova, antes de ter casado a filha mais velha. Mas você
deve cumprir a semana de lua de mel desta; e após esse momento, se
você se comprometer a trabalhar por mais sete anos, eu também lhe
darei a filha mais nova em casamento.”
Não
conseguindo enxergar outra saída, este homem decidiu trabalhar por
mais sete anos para o sogro a fim de obter o direito de casar com a
mulher amada. Ao total foram 14 anos de intenso trabalho por amor a
sua amada. Mas ele só estava disposto a fazer tamanho sacrifício
porque a amava muitíssimo. Finalmente, após esperar mais uma
semana, ele casou-se com a mulher que tanto amava (está história é
baseada em Gn 27 a 29).
Quais
sacrifícios estamos dispostos a fazer pela pessoa que amamos?
É
interessante notar que a necessidade número um da esposa é ser
amada. Tanto é assim, que a Bíblia nos orienta que o marido
deve estar disposto a fazer sacrifício por amor a sua esposa.
“Maridos,
ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e
entregou-se por ela” (Ef
5:25). Embora
a Bíblia também ensine a mulher a amar o marido (Tt 2:4), ela dá
uma ênfase muito mais acentuada ao dever
de o marido amar a esposa. E usa o Modelo de Cristo como exemplo de
amor. E por que isso? Porque é mais natural a mulher amar e
expressar esse amor. Por isso, a questão não é apenas amar, mas
transmitir esse amor numa linguagem que ela entenda.
Em
seu livro “As cinco linguagens do amor” Gary Chapman fala sobre
cinco maneiras de expressar o nosso amor. Ele diz que cada um de nós
tem um pouquinho das cinco linguagens, mas somente uma ou duas que
são mais fortes. Quais são as cinco linguagens do amor? Elas são:
Toque, atos de serviço, tempo de qualidade, palavra de afirmação e
presente. Por isso, o marido precisa amar a sua esposa e demostrar
isso na linguagem de amor dela. Só para você entender, imagine que
eu diga a minha esposa “I love you”, mas ela não entenda nada
que é dito em Inglês. Embora eu tenha me esforçado para dizer para
ela o quanto a amo, isso não significou nada para ela, pois ela não
compreendeu o que eu disse. Por um motivo óbvio, eu não demostrei
amor na linguagem dela.
Agora,
suponha que a sua linguagem de amor seja toque (você se sente amado
quando é tocado, acariciado, abraçado por sua esposa) e a linguagem
de amor da sua esposa seja atos de serviços. Se assim for, ela se
sentirá amada quando você fizer algum serviço por ela, como
ajudá-la nas tarefas domésticas. Por isso, se estiver disposto a se
sacrificar por amor a sua esposa deverá demostrar amor na linguagem
dela.
Para
um casamento ser um sucesso é necessário que as necessidades de
cada cônjuge sejam devidamente supridas. E
qual é a necessidade do marido? Bem, a
necessidade número um do marido é ser respeitado. “…
a
mulher trate o marido com todo o respeito” (Ef 5:33).
E
você esposa está disposta a fazer sacrifícios por respeito ao seu
marido? Tudo que você fizer por seu marido deve ser interpretado por
ele como uma forma de respeito. Pois o homem tem essa grande
necessidade de sentir-se respeitado por sua esposa. Ele pode até
enfrentar desrespeito em outros ambientes, como no trabalho por
exemplo, e pode lidar com isso mais facilmente, do que se se sentir
desrespeitado por sua esposa.
Você
percebeu? A grande necessidade da mulher no casamento é sentir-se
amada e a do homem é sentir-se respeitado. Por isso, se estas duas
necessidades básicas forem supridas no seu matrimônio, você terá
uma grande chace de ter um casamento de sucesso. Você ama realmente
o seu cônjuge? Então está disposto (a) a fazer sacrifícios para
satisfazer as reais necessidades dele.
Lembra
do homem da nossa história? Ele fez grandes sacrifícios por amor a
sua esposa. Você está disposto a fazer o mesmo?
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