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quinta-feira, setembro 05, 2024

COMO VIVER UMA VIDA PIEDOSA EM UMA SOCIEDADE ÍMPIA (ESTUDO AMPLIADO)

COMO VIVER UMA VIDA PIEDOSA EM UMA SOCIEDADE ÍMPIA 

Por Josivaldo Oliveira


"Amados, peço a vocês, como peregrinos e forasteiros que são, que se abstenham das paixões carnais que fazem guerra contra a alma, tendo conduta exemplar no meio dos gentios. Para que, quando eles os acusarem de malfeitores, observando as suas boas obras que vocês praticam, glorifiquem a Deus no dia da visitação." (1 Pedro 2:11-12)


ORAÇÃO:

Pai, esta é a Tua bendita palavra que acabamos de ler. Pedimos ao Teu precioso Espírito Santo que fale ao nosso coração nesta hora poderosamente. Que, pela Tua palavra, sejamos edificados, ministrados e nutridos espiritualmente. Em nome de Jesus, amém! Glória a Deus!


Vivemos em um mundo corrompido pelo pecado. Estamos em uma sociedade cercada de malignidade, uma sociedade que se opõe aos princípios de Deus, que rejeita os valores cristãos. E quanto mais nos aproximamos do fim, mais o mundo se levanta contra os princípios divinos. É nesse contexto que nos encontramos. E foi nesse mundo que os primeiros leitores da carta de Pedro também viveram. No entanto, somos chamados a viver de forma piedosa e distinta do mundo.


A grande tentação, tanto para Israel quanto para a Igreja, é querer ser igual ao mundo, querer se conformar com aqueles que nos cercam. Mas, na verdade, Deus nos chamou para viver uma vida piedosa como verdadeiros servos do Senhor.


No texto que lemos, o apóstolo Pedro nos oferece quatro orientações preciosas que devemos guardar no coração para viver em meio a uma sociedade ímpia sem nos corrompermos. Vamos refletir sobre elas nesta hora e ver como aplicá-las em nossas vidas.


Lembrar que Somos Amados por Deus


Pedro começa o texto chamando seus leitores de "amados". E é essencial entendermos que essa é a nossa identidade em Cristo: somos amados por Deus, de maneira incondicional e eterna. Esse amor é o fundamento da nossa vida. É nele que nos movemos, é por meio dele que vencemos as batalhas e guerras espirituais. O amor de Deus nos sustenta em meio às provações e desafios.


A Bíblia nos diz, em Romanos 5:8, que "Deus prova o Seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". Essa certeza de que somos amados, de que somos filhos amados por Deus, é o que nos dá força para resistir às tentações e viver de maneira que agrada ao Senhor.


Observe, por exemplo, a tentação de Jesus em Mateus 4. A primeira coisa que o diabo faz é colocar em dúvida a filiação de Jesus: "Então o tentador, aproximando-se, disse a Jesus: — Se você é o Filho de Deus, mande que estas pedras se transformem em pães." (Mateus 4:3). O diabo tenta minar a identidade de Jesus. No entanto, no capítulo anterior, Mateus 3, durante o batismo de Jesus, os céus se abriram, e Deus declarou: "Este é o meu Filho amado, em quem me agrado" (Mateus 3:17). 


No capítulo 4, ao tentar Jesus, o diabo omite o termo "amado". Ele diz apenas: "Se és o Filho de Deus". Porque o diabo sabe que, quando temos a convicção de que somos amados, isso nos dá uma força tremenda para vencer tentações, adversidades, lutas, obstáculos e batalhas espirituais.


Essa convicção deve estar plantada em nosso coração. Somos filhos amados. Independentemente das circunstâncias, das batalhas que enfrentamos, essa certeza de que somos amados pelo Pai é o que nos dá força para vencer.


Lembrar que Somos Peregrinos e Forasteiros


Pedro também nos lembra de que somos peregrinos e forasteiros nesta terra. No versículo 11, ele diz: "Amados, exorto-vos como peregrinos e forasteiros que sois". A nossa verdadeira pátria não é aqui; nossa pátria é celestial. Filipenses 3:20 nos diz que "a nossa cidadania está nos céus, de onde aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo".


Embora estejamos temporariamente aqui na terra, nosso coração e mente devem estar focados nas coisas do alto. Colossenses 3:2 nos exorta: " Pensem nas coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra." Como peregrinos e forasteiros, devemos lembrar que estamos aqui de passagem. Nossa verdadeira pátria é celestial.


O autor de Hebreus 11:13-16, nos dá o exemplo dos grandes herois da fé, que viveram como estrangeiros, buscando uma pátria melhor, a pátria celestial. Eles sabiam que sua verdadeira casa estava com Deus, e essa mesma perspectiva deve guiar a nossa vida.


“Todos estes morreram na fé. Não obtiveram as promessas, mas viram-nas de longe e se alegraram com elas, confessando que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, desejam uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porque lhes preparou uma cidade.” (Hebreus 11:13-16)


Lembrar que Estamos em uma Batalha Espiritual


Pedro nos alerta para a batalha espiritual que enfrentamos. Ele diz no versículo 11: "Abstende-vos das paixões carnais que fazem guerra contra a alma". Estamos em constante guerra espiritual, uma luta que acontece dentro de nós, entre nossas paixões carnais e o nosso espírito.


Gálatas 5:16-21 fala dessa luta interna entre a carne e o espírito. A carne sempre deseja o que é contrário a Deus. Qual dessas naturezas vencerá? Aquela que você mais alimentar. 


Se alimentamos mais a carne, ela vencerá. Se alimentamos mais o espírito, ele vencerá. As práticas espirituais, como oração, leitura da Palavra, congregar, jejuar, nos ajudam a fortalecer o espírito. Por outro lado, nos entregar às obras da carne só alimenta nossa natureza pecaminosa.


Digo, porém, o seguinte: vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gálatas 5:16).


Como vencer os desejos da carne? Vivendo no Espírito. A única maneira de vencer os desejos da carne é vivendo no Espírito. A Bíblia diz que estamos numa batalha espiritual, porque os desejos carnais fazem guerra contra a nossa alma.


Quando pensamos em desejos carnais, muitas vezes, associamos apenas à questão sexual. Pensamos que desejos carnais se limitam ao sexo fora do casamento, à pornografia e a toda prática sexual que consideramos errado à luz da Palavra de Deus. Mas desejos carnais não são só isso. Vão além. Esses desejos não estão ligados apenas à sexualidade.


Paulo, explica em Gálatas 5:16-21. Ele diz: ‘Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne. Há uma luta.’ O Espírito de Deus em você, e a sua natureza espiritual, estão lutando contra a carne, e a carne está lutando contra o Espírito. E ele continua: ‘Porque são opostos entre si, para que vocês não façam o que querem.’ Ou seja, nunca faremos o que queremos. Ou faremos o que a carne quer, ou faremos o que o Espírito de Deus quer. Não há neutralidade. 


Você nunca será neutro. Ou você vai agir pelo Espírito Santo, ou vai agir pela carne. Ou será guiado pelo Espírito Santo, ou será guiado pela carne. Ou cederá aos desejos do Espírito Santo, ou cederá aos desejos da carne. Não há neutralidade.


E Paulo continua: ‘O Espírito luta contra a carne, porque são opostos entre si, para que vocês não façam o que querem. Mas se são guiados pelo Espírito, vocês não estão debaixo da lei.’ 


Agora, as obras da carne são conhecidas. Observem a lista. Vejam que essas obras envolvem questões de sexualidade fora da bênção de Deus, mas também vão além. O texto diz: ‘As obras da carne são conhecidas: imoralidade sexual...’ É claro, imoralidade sexual está no topo da lista. Todo tipo de imoralidade sexual é pecado, não somente contra Deus, mas também contra o nosso próprio corpo. Pecamos contra a sacralidade do nosso corpo, porque o corpo é sagrado, é templo do Espírito Santo. Por isso, a imoralidade sexual aparece no topo da lista.


Como dizia meu velho pai, ‘está na cabeça da polia’. Aparece logo de cara, porque a imoralidade sexual contamina o corpo, que é templo do Espírito. Quando pecamos sexualmente, pecamos não só contra Deus, mas também contra o nosso corpo, que é templo do Espírito. Mas Paulo não fala apenas sobre isso. 


Além da imoralidade sexual, há a impureza, libertinagem, idolatria. Agora vejam, esses pecados já não estão ligados à sexualidade. Feitiçarias, inimizades — isso mesmo, inimizade é obra da carne. Rixas, ciúmes, iras. Quem fica irado? Mas essa ira de que ele fala não é a justa indignação contra o pecado, como a ira de Jesus. É aquela ira descontrolada.


Discórdias, divisões, facções, inveja — olhem quantas obras da carne! Bebedeiras, orgias, e coisas semelhantes a estas. E ele diz: ‘Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus’.


Pedro nos exorta no V.11 a nos abstermos dos desejos carnais, pois esses desejos estão em guerra contra a nossa alma. E agora Paulo, em Gálatas, vai nos mostrar o que são essas obras da carne. Muitas pessoas pensam que os desejos carnais estão relacionados apenas à sexualidade, mas, como vimos, vão muito além. Ódio, inveja, ira descontrolada, ciúmes, partidarismo — tudo isso são obras da carne.


Partidarismo é obra da carne. Tudo isso vai além do que costumamos pensar. Paulo não está apresentando uma lista completa aqui. Ele está mostrando apenas alguns exemplos para que possamos ter uma ideia. Idolatria também é obra da carne. E o que é idolatria? É quando colocamos qualquer coisa no lugar de Deus em nosso coração. Às vezes, dizemos: ‘Eu não sou idólatra, não adoro imagem de escultura, só adoro Jesus.’ Mas, muitas vezes, adoramos o carro, o filho, o namorado, a namorada, o pai, a mãe, o marido, a esposa, um cargo político, uma denominação. Qualquer coisa que colocamos no lugar de Deus, ou acima d’Ele, é idolatria.


Feitiçaria, o desejo de manipular outras pessoas, seja por magia ou por manipulação emocional, também é obra da carne. A Bíblia diz que essas obras da carne estão lutando contra a nossa alma. E como vencemos isso? Precisamos andar no Espírito.


A Bíblia diz em Gálatas 5:16: ‘Vivam no Espírito, e vocês jamais satisfarão os desejos da carne.’ talvez você se pergunte: Como eu venço isso? A única maneira de vencer os desejos da carne é viver no Espírito. Ou vivemos no Espírito, ou vivemos na carne. Não dá para viver nas duas esferas ao mesmo tempo.


Se vivermos no Espírito, venceremos esses desejos carnais. Eu digo uma coisa para vocês: nossa carne nunca se converte. Ela é má, sempre quer o que não presta. E, outra coisa, a carne é insaciável. É como uma criança gulosa; você dá um pirulito, ela quer dois, quer dez, quer mais. Você dá uma coisinha para a carne, ela quer mais. A carne é insaciável. Por isso, quando nos entregamos às obras da carne, afundamos cada vez mais no pecado, afastando-nos de Deus até o ponto em que não nos reconhecemos mais.


Quando vivemos na carne, nossa alma é destruída, detonada de tal maneira que perdemos nossa identidade. Deus quer que vivamos no Espírito.


Imagine uma esposa que vive no Espírito o tempo todo. É maravilhoso! Mulher na carne é terrível, não é verdade? Agora imagine um marido que vive no Espírito o tempo todo. Um marido espiritual é maravilhoso, porque um homem carnal é terrível dentro de casa.


Pais que vivem no Espírito são uma bênção para os filhos. Pais carnais causam feridas nos filhos o tempo todo. Então, precisamos viver no Espírito. A chave para vencermos essa batalha é a disciplina espiritual: uma vida de oração, meditação na Palavra e jejum.


Crente precisa jejuar. Precisamos aprender a jejuar. Como pode um crente não jejuar nem uma vez por semana? Temos que jejuar. A Bíblia diz: ‘Quando vocês jejuarem’, não ‘se vocês jejuarem’. 


Quando vocês jejuarem, não fiquem com uma aparência triste, como os hipócritas; porque desfiguram o rosto a fim de parecer aos outros que estão jejuando. Em verdade lhes digo que eles já receberam a sua recompensa” (Mateus 6:16).

Então, o crente precisa jejuar. E para quê jejuamos? Não é para mudar Deus, mas para nos mudar. Jejuamos para mortificar nossa natureza, para sermos disciplinados. Jejuamos para aprender que nada deve nos controlar, nem a comida. Tem gente que, se passa do horário de comer, já fica com a cara fechada, zangado, brigando com todo mundo. Isso porque não aprendeu a jejuar.


Precisamos jejuar para mortificar a carne, para disciplinar nossa natureza, para mostrar que quem manda é o Espírito, não a carne. Estão entendendo? É com jejum, oração e meditação na Palavra que vamos mortificar as obras da carne.


Quando vivemos de acordo com o Espírito, somos capacitados a resistir às tentações e a viver de maneira santa e irrepreensível diante de Deus. Não estou exortando vocês de mim mesmo, mas da autoridade da Palavra do Senhor. Estou aplicando essa Palavra em minha própria vida, porque também sou sujeito a ela, tanto quanto vocês. Talvez até mais, porque estou aqui ensinando. A Bíblia diz em Tiago 3 que os que ensinam serão julgados com juízo ainda maior. Por isso, precisamos nos sujeitar à Palavra de Deus.”

“Meus irmãos, não sejam, muitos de vocês, mestres, sabendo que seremos julgados com mais rigor.” (Tiago 3:1)


O TESTEMUNHO CRISTÃO


Pedro nos lembra da importância de darmos um bom testemunho. Ele nos exorta a mantermos uma conduta exemplar, especialmente entre os gentios. "Tendo uma conduta exemplar no meio dos gentios, para que, quando vos caluniarem como malfeitores, observando as vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação" (1 Pedro 2:12).


Pedro está nos dizendo que precisamos ser exemplos de comportamento honesto entre aqueles que ainda não se converteram. Ele usa o termo "gentios" não no sentido de "não judeus", mas como um oposto aos convertidos. Nossa responsabilidade é clara: devemos ter um testemunho exemplar entre aqueles que ainda não conhecem a Cristo. Pedro nos diz que, mesmo que sejamos falsamente acusados de malfeitores, nossas boas obras devem falar por si mesmas e levar outros a glorificar a Deus.


Jesus já havia nos alertado sobre isso. Ele disse: "Bem-aventurados são vocês quando, por minha causa, os insultarem e os perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vocês. Alegrem-se e exultem, porque é grande a sua recompensa nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vocês." (Mateus 5:11-12). O verdadeiro cristão será caluniado e perseguido, e os leitores de Pedro não foram exceção. Eles enfrentaram falsas acusações e perseguições severas.


ACUSAÇÕES INJUSTAS


Os primeiros cristãos, por exemplo, eram acusados de canibalismo. Por participarem da ceia do Senhor, onde comiam simbolicamente a carne de Cristo e bebiam simbolicamente o Seu sangue, os de fora interpretavam isso de forma literal, e os acusavam de práticas bárbaras. Além disso, devido à "Festa do Amor" – ou Ágape –, eram acusados de incesto. A palavra "amor", no grego, muitas vezes tinha conotações sexuais, e aqueles que não compreendiam a pureza desse amor fraternal os acusavam de imoralidades, especialmente porque os cristãos chamavam uns aos outros de "irmãos".


Eles também eram acusados de atrapalhar os negócios locais. A Bíblia relata em Atos 19:23-41 que, quando Paulo expulsou o demônio de uma jovem adivinhadora, os homens que lucravam com as previsões dela ficaram furiosos e incitaram uma grande confusão em Éfeso, gritando: "Grande é a Diana dos Efésios!" Essa oposição ao Evangelho gerou tumultos e acusações contra os cristãos, que eram vistos como uma ameaça ao comércio.


Outra acusação comum era de que os cristãos incitavam rebelião entre os escravos. Naquele tempo, o Império Romano tinha cerca de 60 milhões de escravos, mais do que cidadãos livres. Escravos não eram apenas trabalhadores braçais; médicos, professores e filósofos também podiam ser escravos, capturados em guerras e levados para Roma como prisioneiros. No entanto, o Evangelho trouxe igualdade a todos, escravos e senhores. A igreja foi a única instituição a tratar o escravo como uma pessoa, enquanto a sociedade romana os via como ferramentas de trabalho, seres sem valor humano. Isso levou os cristãos a serem acusados de incitar revoltas, mesmo que o Evangelho não pregasse a rebelião, mas sim a submissão aos senhores.


O PODER TRANSFORMADOR DO EVANGELHO


Pedro encoraja os cristãos a continuarem com uma conduta irrepreensível, mesmo diante de falsas acusações e perseguições. Ele sabia que o testemunho de uma vida transformada poderia ser o meio pelo qual Deus alcançaria corações endurecidos. Muitas vezes, o comportamento piedoso de um cristão é a única Bíblia que um não-crente lerá. Pense nisso: suas ações podem ser a única exposição ao Evangelho que alguém terá.


Jesus nos ensinou em Mateus 5:16: "Assim brilhe também a luz de vocês diante dos outros, para que vejam as boas obras que vocês fazem e glorifiquem o Pai de vocês, que está nos céus." 


As pessoas precisam ver nossas boas obras. Embora Efésios 2:8-9 nos diga que a salvação é pela graça e não pelas obras, as boas obras são uma consequência natural da salvação. Quando somos salvos, transformados e habitados pelo Espírito Santo, somos capacitados a viver de acordo com o Evangelho de Cristo, e isso é um testemunho vivo para os outros.


Nossas boas obras são uma expressão da nossa fé. Elas são evidências visíveis da transformação que o Evangelho realizou em nossas vidas. Isso precisa ser visto em nossa casa, nossa família, nossa vizinhança, nosso trabalho e nossa escola. Talvez você seja a única Bíblia que um descrente irá "ler".


TESTEMUNHO QUE TRANSFORMA


Pedro nos lembra que, mesmo diante da perseguição e das acusações injustas, devemos manter um comportamento exemplar. Não importa o quão difícil seja a situação, nosso testemunho pode ser usado por Deus para trazer salvação a muitos. Jesus disse que nossas boas obras devem brilhar diante dos outros, para que glorifiquem a Deus.


O maior testemunho que podemos dar é uma vida transformada. Vidas mudadas pelo poder do Evangelho são a maior propaganda que a Igreja pode ter. Um homem que bebia até cair e agora, pela graça de Deus, não bebe mais; uma mulher que vivia uma vida desregrada e agora é uma santa mulher de Deus; um homem que se gabava de suas conquistas amorosas e agora chora de arrependimento por sua antiga vida – esses são exemplos do poder transformador do Evangelho.


Como Paulo disse em Romanos 1:16: "Não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." O Evangelho transforma, cura, liberta. E esse poder de transformação é a maior propaganda do Evangelho.


O IMPACTO DO TESTEMUNHO CRISTÃO


Hoje, enfrentamos o desafio de ver menos conversões genuínas porque, muitas vezes, como igreja, não estamos dando um bom testemunho. O crescimento de muitas igrejas se dá por transferência de membros, e não pela conversão de novos crentes. Deus quer usar o nosso testemunho para tocar vidas e trazer pessoas para o Seu Reino.


Deus quer usar o seu testemunho para impactar sua família. Seus parentes, amigos e colegas de trabalho serão os primeiros a observar a sua mudança. Mesmo que enfrentem perseguição inicial, seu testemunho de uma vida transformada pode ser a chave para que muitos se convertam a Jesus. Cada atitude, cada palavra, cada gesto pode ser uma semente plantada no coração de alguém que ainda não conhece a Cristo.


E olhem como isso é poderoso! O texto de 1 Pedro 3:1, que fala sobre a família, é realmente impactante. Sei que esse versículo refere-se à mulher, mas essa mensagem pode ser aplicada também ao marido e aos filhos. Vou dar um exemplo pessoal: eu me converti, e Deus transformou minha vida. Minha vida se tornou um exemplo para os meus pais, para minhas irmãs e para todos os meus familiares.


Pedro está falando para a mulher em 1 Pedro 3:1-2, quando diz que até mesmo uma esposa pode ganhar o seu marido para Cristo por meio do seu comportamento piedoso. Sim, essa mulher pode ganhar o seu marido para Cristo através do seu comportamento, porque o marido está sempre observando. Vejam o que a Bíblia diz:


"Igualmente vocês, esposas, estejam sujeitas, cada uma a seu próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho sem palavra alguma, por meio da conduta de sua esposa, ao observar o comportamento honesto e cheio de temor que vocês têm." (1 Pedro 3:1-2)


O que Pedro está dizendo é que se o seu marido ainda não é crente, e, você, mulher, já se converteu. Ele está de olho em você. E qual é o segredo? Qual é a estratégia para ganhar o marido? Não é por meio de muita pregação. Se ele estiver aberto a ouvir, tudo bem, mas nem sempre é assim. Não é com muita argumentação, tampouco é tentando mudá-lo.


Escutem, mulheres! Muitas vezes vocês querem ser o Espírito Santo na vida do seu marido, mas vocês não são o Espírito Santo. Vocês não podem mudar o seu marido. Deixem-me falar algo importante: somente Deus pode mudar um homem. Às vezes, vocês se casam com um homem esperando que ele mude com o tempo. Mas ele não vai mudar, a menos que o Espírito Santo entre em sua vida, o convença e o transforme.


Então, não tentem assumir o papel do Espírito Santo, porque é um fardo pesado demais para vocês. Se insistirem nisso, acabarão sobrecarregadas, angustiadas, azedas e amarguradas. E, no fim, nada funcionará.


O que vocês devem fazer, então? Silenciem. Comportem-se como mulheres de Deus. Dêem um bom testemunho em casa. Mostrem uma vida transformada, evidenciando que vocês realmente foram libertas e transformadas pelo Espírito Santo. Deixem que o Espírito Santo use o testemunho de vocês para convencer o marido. 


Acredito que Pedro disse isso para as mulheres porque, em geral, quem se converte primeiro é a mulher. Mas essa mensagem serve também para o homem. Se você é marido e quer ganhar sua esposa para Jesus, que ainda não é crente, faça isso com o seu testemunho. O testemunho de uma vida santa, transformada, de oração, de comunhão com Deus, é o que vai arrastar sua família para Cristo.


Se você é uma coisa na igreja e outra coisa em casa, não vai convencer ninguém. É como aquela história, antiga, mas que vale a pena relembrar. O menino chegou para o pai e disse: "Papai, vamos morar na igreja?" O pai, surpreso, perguntou: "Por que, meu filho?" E o menino respondeu: "Porque na igreja o senhor é tão bom... Lá, o senhor trata bem a mamãe, dá tudo o que a gente pede. Mas em casa, o senhor é terrível. Briga com a mamãe, fala alto, trata a gente com grosseria. Eu quero morar na igreja, porque lá é melhor."


Então, entendam uma coisa: vocês precisam ser exemplo em casa. Precisam dar um bom testemunho, principalmente no lar, de que o Evangelho realmente transformou seus corações. Quem mais conhece vocês são seus cônjuges e filhos. E é exatamente para eles que vocês precisam dar um bom testemunho.


Irmãos, para atrairmos nossa família para Jesus, precisamos ser o bom perfume de Cristo. As pessoas precisam sentir esse aroma agradável em nós. Precisam provar de nossa companhia e sentir o sabor de Cristo em nossas vidas. Eu e você precisamos ter o sal do céu em nós. A Bíblia diz: "Tenham sal em vocês mesmos…" Não podemos ser cristãos insípidos, sem gosto, sem sabor. As pessoas precisam sentir o gosto de Cristo em nós, precisam ver Cristo em nós. E é isso que vai atraí-las para Jesus. 


O sal é bom; mas, se o sal vier a se tornar insípido, como lhe restaurar o sabor? Tenham sal em vocês mesmos e paz uns com os outros” (Marcos 9:50).


Em 1 Pedro 3:15 está escrito: "Santifiquem a Cristo como Senhor em seus corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm." Vocês precisam estar sempre prontos para responder a qualquer um que perguntar sobre a razão da sua fé, sobre o porquê de vocês andarem com Deus, sobre o motivo da sua conversão.


Viver uma vida piedosa em uma sociedade ímpia é um desafio constante. Nosso desafio, como mencionei na introdução desta mensagem, é sermos diferentes. A grande tentação para Israel, e também para a Igreja, é ser igual ao mundo. O mundo vai sempre apelar para que sejamos iguais. Mas nós fomos chamados por Deus para sermos diferentes. Esse desafio é constante, mas também é uma oportunidade incrível de glorificar a Deus e sermos instrumentos em Suas mãos para alcançar os perdidos.


Deus quer que eu e você alcancemos os perdidos para Cristo, principalmente através do nosso testemunho. Precisamos nos lembrar constantemente de que somos amados por Deus, que somos peregrinos e forasteiros aqui nesta terra. Esta não é nossa pátria. Nossa pátria permanente é celestial, e precisamos nos lembrar disso o tempo todo. Também precisamos nos lembrar de que estamos envolvidos numa batalha espiritual, lutando contra toda natureza carnal. Paulo fala sobre guerra contra principados e potestades, mas Pedro, neste texto, fala sobre a guerra contra nós mesmos, contra nossa própria natureza.


Às vezes, não sei o que é pior: lutar contra o diabo ou lutar contra nós mesmos. Tem hora que dá vontade de colocar a mão na cabeça e dizer: "Sai de mim, eu mesmo!" Não é verdade? É uma batalha terrível!


Então, Paulo fala sobre guerra espiritual contra principados e potestades, mas Pedro está falando sobre guerra espiritual contra nossos próprios desejos carnais. Como eu disse, a carne nunca se converte; precisamos mortificá-la todos os dias. E, quando ela quiser ressuscitar, mandem-na de volta para a cruz. Todos nós enfrentamos isso, não apenas vocês. Eu também. As tentações que enfrento podem ser diferentes das suas, mas ainda assim, são tentações.


Precisamos lembrar constantemente que devemos dar um bom testemunho para os que não são crentes, para que vejam nossa vida transformada e queiram conhecer a Deus. Que glorifiquem a Deus no dia da visitação, quando Ele os visitar com graça e salvação. Amém?


Que o Senhor nos capacite a viver de acordo com esses princípios e que possamos ser luz em meio às trevas. Em nome de Jesus, amém! Vamos clamar ao nosso Deus e pedir que Ele nos ajude, porque precisamos da ajuda dEle. Sozinhos, não conseguimos vencer.



DOAÇÕES:
MINISTÉRIO SHALLOM

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