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segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Conselhos de Deus para a família - Parte II

Conselhos de Deus para a Família - Parte II
Pr. Josivaldo Oliveira - Ministério Shallom


Por quê nenhum dos cônjuges tem o direito de privar o outro da intimidade conjugal?


Veja o que diz o verso 4: “A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher”. [NVI]. Isto significa que o corpo da esposa pertence ao marido e o corpo do marido à esposa. Somente seu cônjuge pode usufruir do prazer que o teu corpo pode proporcioná-lo. Quando nos casamos fazemos uma aliança com a pessoa a quem amamos, nesta aliança há uma troca justa, tudo o que nos pertence passa a ser também da pessoa amada e o que lhe pertence passa a ser nosso também. E isto inclui os nossos corpos.
Por isso o marido não pode propositadamente privar a sua esposa de nenhum momento de intimidade conjugal, porque quem tem autoridade sobre o corpo dele é a esposa, e pelo mesmo motivo a mulher não pode negar-se ao marido.

O fato de meu cônjuge ter autoridade sobre meu corpo lhe dar o direito de maltratá-lo?
Logicamente não. Nunca maltratamos a quem amamos de verdade. Vejamos o que nos ensina a Palavra de Deus. “...Os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama e se mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja.” [Ef.5:28,29 NVI]. O entendimento que o corpo da minha esposa me pertence não me dar nenhum direito de maltratá-la, ser violento ou grosseiro com ela, mas sim amá-la ainda mais, cuidando dela e zelando pelo seu bem estar. Compreendo que por sermos uma só carne, quando eu a amo, na verdade estou amando a mim mesmo e quando eu cuido dela de fato estou sendo beneficiado com isto.

2 - Conselhos do Senhor em relação ao divórcio.
Neste segundo momento o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, nos mostra quais os conselhos de Deus em relação ao divórcio. “Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: que a esposa não se separe do seu marido [...] e o marido não se divorcie da sua mulher”. [v.10 NVI]. O divórcio não é a vontade real de Deus para o casamento. Warren w. wiersbe em seu COMENTÁRIO BÍBLICO EXPOSITIVO, conta que um advogado certa vez lhe disse: “As únicas pessoas que saem ganhando nos divórcios são os advogados”. Afinal são tantos processos jurídicos e forenses que um divórcio legal exige, que os advogados, contratados para atuarem nestas causas, ganharam financeiramente com isto.
Os advogados podem ganhar, mas as famílias perdem. O divórcio não é um “negócio lucrativo” para os cônjuges nem para os filhos.
É por isso que a bíblia nos diz com todas as letras que Deus odeia o divórcio. “Eu odeio o divórcio, diz o Senhor, o Deus de Israel [...], por isso tenham bom senso e não sejam infiéis.” [Malaquias 2:16 NVI]. Se Deus odeia o divórcio, aqueles que são servos de Deus também devem odiá-lo. Devemos amar o que ele ama e detestar o que ele detesta. “Acaso não odeio os que te odeia Senhor? E não detesto os que se revoltam contra ti? Tenho por eles ódio implacável. Considero-os como inimigos meus. [Salmo 139:21,22 NVI].
O divórcio é para o casamento o que o suicídio é para uma pessoa desesperada por causa dos seus problemas. Parece a solução, mas na verdade, de modo genérico, produz problemas ainda maiores. No entanto existem algumas situações em que o divórcio mesmo não sendo a vontade real de Deus é tolerado por ele.
Em quais circunstâncias isto pode ocorrer?
Em primeiro lugar se houver adultério. Em caso de infidelidade conjugal o cônjuge inocente pode se assim desejar pedir o divórcio. Porém, esta ainda não é a vontade real de Deus. Será muito melhor se houver confissão, perdão e reconciliação. Infelizmente, por causa da dureza dos corações, nem sempre isto é possível. Neste caso o cônjuge que foi traído estará livre para divorciar-se. Mas o divórcio deve ser o último recurso, antes, é necessário saturar todos os meios possíveis para restaurar o casamento.
Um segundo motivo para um possível divórcio, é quando um dos cônjuges se converte a Cristo e o outro não convertido decide abandoná-lo. Porém, não é o cristão que deve tomar essa decisão, somente se o descrente desejar o divórcio é que ele é permitido. Enquanto o cônjuge não cristão decide viver com o que é crente, este deve aceitá-lo normalmente, sem prejuízo algum para o seu relacionamento com Deus. Afinal de contas a sua conversão a Cristo não altera o seu estado civil.
“...Se um irmão tem mulher descrente, e ela se dispõe a viver com ele, não se divorcie dela. E, se uma mulher tem marido descrente e ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie dele.” [Vv.12-13 NVI].
Porém quando o descrente ameaça a deixar o cônjuge cristão, caso ele não abandone o seu relacionamento com Deus, a Palavra é clara, o servo de Deus deve preferir a Cristo.
“...Se o descrente separar-se que se separe. Em tais casos, o irmão ou a irmã não fica debaixo de servidão; Deus nos chamou a paz.” [V.15 NVI].
“Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, SUA MULHER, seus filhos, seus irmãos e irmãs e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo.” [Lc. 14:26 NVI].

Há ainda um outro motivo para uma possível separação?
Sim, quando um cônjuge vive agredindo o outro fisicamente, ameaçá-o de morte, impõe aos filhos agressão física e violência, tornando a relação conjugal insuportável. È como se a pessoa vivesse com um inimigo em sua própria casa. Neste caso, havendo separação, não deve haver um novo matrimonio – enquanto o outro cônjuge viver ou permanecer solteiro. Todavia, mesmo em casos extremo como este é possível haver uma reconciliação, se o cônjuge agressor sofrer uma profunda transformação, o que só será possível se ele experimentar o milagre de um genuíno novo nascimento [ João 3:3-6].
“... A esposa não se separa do seu marido. Mas, se o fizer que permaneça sem se casar ou, então, reconcilie-se com seu marido.” [ ICor. 7:10-11 NVI ]
“ Se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram; és que tudo se fez novo.” [ II Cor. 5:17 RC].

É preciso mais uma vez enfatizar, que todas estas possibilidades de divórcio, não fazem parte do plano original de Deus para o casamento. Ele pode até permitir em casos como estes, mas isto não constitui a vontade real dele. Em analogia, é como um médico que precisa amputar um membro do corpo de um paciente depois de exaustivamente esgotarem-se todas as possibilidades de cura do mesmo.
Por isso o Apostolo Paulo é enfático quando diz que aquele que está casado não deve buscar o divórcio. “A esposa não se separe do marido [...] e o marido não se divorcie da sua mulher”. [Vv. 10,11].